O presidente da Task Force EUCOCO (European
Coordination Conference of Support to the Sahrawi People), Pierre
Galland, criticou duramente a posição do governo belga após o
vice-primeiro-ministro e ministro dos Negócios Estrangeiros, Maxime
Prévot, ter manifestado apoio ao chamado “plano de autonomia
marroquino” para o Sahara Ocidental.
Em carta dirigida ao ministro, Galland afirmou estar “profundamente consternado” com a declaração de 23 de outubro, sublinhando que o plano marroquino “é, na realidade, um plano de anexação” e que “contraria o direito internacional e as resoluções das Nações Unidas, ao negar ao povo saharaui o seu direito inalienável à autodeterminação”.
O responsável lembrou que a Resolução 1514 (XV) da Assembleia Geral da ONU, de 1960, garante o direito de todos os povos — incluindo o palestiniano e o saharaui — a decidir livremente o seu destino.
Galland questionou a incoerência da política belga, que apoia a autodeterminação da Palestina, mas legitima “uma ocupação igualmente ilegal” no Sahara Ocidental.
Apelou ainda a que Bélgica reveja a sua posição e “retome o lado do direito internacional, da justiça e da dignidade humana, e não o das potências ocupantes e colonialistas”.


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