O Crisis Group, um “think tank” internacional fundado em 1995, com sede em Bruxelas e muitas vezes apontado como próximo do Partido Democrata dos EUA, acaba de publicar um relatório sobre o Sahara Ocidental, a poucos dias da reunião do Conselho de Segurança da ONU em que o tema será abordado e haverá uma tomada de decisão.
O relatório refere que o aparente equilíbrio no conflito do Sahara Ocidental é frágil e pode ruir a qualquer momento. Apesar do recente despertar diplomático trazer algum otimismo, a falta de coerência dos EUA, a desunião europeia e a retórica endurecida de Washington e Rabat ameaçam bloquear a única via viável para resolver o impasse: uma solução negociada sob a égide da ONU.
O texto adianta que as pressões para enfraquecer a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental (MINURSO) ou rotular a Frente Polisario como grupo terrorista colocam em risco a contenção que tem evitado uma escalada militar. Em paralelo, a tentativa gradual de Marrocos de alterar o estatuto jurídico do território no seio da ONU pode tornar as negociações obsoletas.
Para travar este cenário - adianta o relatório - os EUA e a Europa devem reafirmar o compromisso com a diplomacia, de forma clara e coordenada, apoiando o enquadramento da ONU e promovendo um regresso às conversações com base nos princípios de autonomia e autodeterminação. Sem uma liderança firme e uma posição conjunta, o conflito corre o risco de entrar numa nova fase de instabilidade e divisão regional.
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Leia o relatório AQUI

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