“No final da reunião, cada uma das partes continua a
rejeitar as propostas da outra como base única das negociações futuras”, afirmou
em comunicado o enviado pessoal do SG da ONU para o SO, Christopher Ross, que
anunciou todavia que visitará o Sahara Ocidental em meados de maio.
Jatri Aduh, chefiou a delegação saharaui |
Marrocos e a Polisario também confirmaram que irão
participar em dois seminários organizados pelo Alto Comissariado da ONU para os
Refugiados (ACNUR) e que poderão ter lugar em junho e outubro co corrente ano,
um centrado no papel da mulher e o outro no significado da “jaima” na cultura
saharaui.
Marrocos, que ocupou o Sahara Ocidental em 1975, defendeu de
novo que a autonomia para a região dentro do seu próprio Estado é a única saída
viável para o conflito, enquanto a Polisario defendeu uma vez mais a realização
de um referendo em que os saharauis possam votar também pela independência.
As conversações centraram-se também em aspetos como a gestão
de recursos naturais e a eliminação das minas, temas sobre os quais, segundo
Ross, se pode falar de “avanços”, e em que tanto Marrocos como a Polisario se
mostraram disponíveis a tratar de novo o tema em próximas reuniões.
No termo dos encontros, o presidente do parlamento saharaui,
Jatri Aduh, que chefiou a delegação da Polisario, destacou que ambas partes
abordaram o mecanismo de funcionamento de um eventual referendo, em concreto “a
determinação do eleitorado e os mecanismos de autodeterminação” a utilizar.
Segundo Aduh, a delegação saharaui exigiu “o termo da
repressão contra os saharauis e a libertação dos presos políticos dos cárceres
marroquinos”, solicitando o livre acesso ao território a membros de ONG, imprensa
e observadores internacionais.
Nações Unidas, 13 de março de 2012 (EFE)
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