sexta-feira, 30 de agosto de 2013

As energias renováveis sustêm a ocupação no Sahara Ocidental


O Observatório dos Recursos Naturais no Sahara Ocidental (WSRW) publicou hoje o relatório “Energias renováveis. A nova Marcha Verde”, no qual se revela em detalhe o mecanismo com que Marrocos pretende construir unidades de energia renovável de mais de 1000 MW (megawatts), nos territórios ocupados do Sahara Ocidental.

“Os parques eólicos e parques solares projetados, por muito ecológicos que sejam, constituem um novo golpe contra a população do Sahara Ocidental. A energia produzida será utilizada para rentabilizar os recursos que na atualidade, e de forma ilegal, estão a ser explorados por Marrocos no Saara, intensificando ao mesmo tempo o atual saque. A exportação da energia produzida para a União Europeia e a sua utilização por parte de Marrocos tem, inclusive, como objetivo fundamental a consolidação das pretensões ilegais de soberania sobre o território por parte de Marrocos”, assegura Sara Eyckmans, coordenadora do WSRW.

Descarrega aqui o relatório “Energias renováveis. A nova Marcha Verde” (de momento, só disponível em inglês).

Marrocos não produz petróleo nem gás e o seu Governo necessita energia. O relatório mostra que a mesma terra que foi testemunha do êxodo do povo saharaui, após a invasão militar de Marrocos em 1975 (conhecida como “Marcha verde”), abre uma nova frente. Neste caso, a produção de energia eólica e solar.



Atualmente, a produção de energia solar e eólica no Sahara Ocidental constitui, no total, 5.5% do total das energias renováveis produzidas por Marrocos. O relatório revela que, para o ano 2020, Marrocos pretende incrementar esta percentagem até aos 26.4%.

Empresas relevantes do setor das energias renováveis, incluindo as espanholas Gamesa e Acciona, aceitaram o convite do Governo marroquino para participar. A maioria das empresas mencionadas no relatório não quiseram revelar os seus planos para o domínio público. No momento em que este relatório é publicado, os equipamentos para instalar os moinhos de vento estão a ser descarregados no porto de El Aaiún, Sahara Ocidental.


^
Equipamento Siemens para os parques eólicos no Sahara Ocidental (Porto de El Aaiún)

Desde a invasão que o Governo marroquino tem usado a seu bel-prazer os recursos naturais do Sahara Ocidental, violando a legislação internacional. Com a melhoria do acesso à energia, tanto o setor pesqueiro como o da indústria extrativa serão mais lucrativas. Graças aos seus novos planos, Marrocos liga os territórios ocupados do Sahara Ocidental à rede energética europeia e à sua própria rede, o que revela uma astuta estratégia.

Fonte: WSRW.org

**********
Contactos:
Javier García Lachica, coordinador de Western Sahara Resource Watch – España, Madrid, Tel +34 615917339, j.g.lachica@gmail.com
Sara Eyckmans, coordinadora de Western Sahara Resource Watch, Brussels, Tel +32 475458695, coordinator@wsrw.org

Erik Hagen, Presidente de Western Sahara Resource Watch, Oslo, Tel +47 45265619, info@vest-sahara.no

CODESA entrega relatório ao Adjunto do Relator de Direitos Humanos do Parlamento Europeu para o Sahara Ocidental e os Países do Sahel

 

Segundo o vice-presidente do Comité de Defesa do Direito de Autodeterminação do Povo Saharaui (CODAPSO), o Comité foi recebido na tarde de ontem, pelas 16h30 no hotel “El Parador” de El Aaiun por Jonathan Luis, adjunto do Relator Europeu de Direitos Humanos para o Sahara Ocidental.

O presidente e o vice-presidente do CODAPSO, Mohamed Dadach e Hmad Hammad, entregaram um relatório que relata em detalhe a situação das violações de direitos humanos que comete a administração de ocupação marroquina contra a população saharaui.

Os ativistas saharauis lamentaram o pouco tempo que o adjunto do Relator de Direitos Humanos do Parlamento Europeu para o Sahara Ocidental e os países do Sahel dedicou a esta visita para recolher informação sobre a situação dos DDH no território.

Preocupação que o responsável europeu justificou com o programa que lhe haviam imposto as autoridades marroquinas, dado que não seria sua intenção que a visita fosse tão breve. O CODAPSO entregou uma carta sobre o repúdio do povo saharaui ao acordo de pesca que a UE firmou com Marrocos com a ilegal inclusão das aguas do Sahara Ocidental.

Segundo o vice-presidente do CODAPSO, o relator recebeu durante a tarde de quinta-feira 17 comités saharauis de direitos humanos, à excepção de duas associações saharauis que não assistiram, em protesto contra o limitado e insuficiente tempo que o adjunto do relator europeu dedicou às associações saharauis.

O relator europeu perguntou ao CODAPSO o que fariam se não se resolvesse o conflito, ao que o presidente do Comité, Mohamed Dadach (*), respondeu que “a população saharaui nos territórios ocupados prosseguirá a sua luta pacífica para conquistar o direito à livre determinação e que, em caso de outra decisão, a Frente Polisario é o único e legítimo representante dos saharauis e que este saberá como recuperar o direito do povo saharaui e toda a soberania nacional sob ocupação”.

Hmad Hammad denunciou que na sala onde foram recebidas todas as associações saharauis os serviços secretos marroquinos tinham colocado microfones para espiar as conversações entre o adjunto do relator europeu e as associações saharauis. Denunciou também que todos os que trabalham nesse hotel pertencem aos serviços secretos marroquinos.

Fonte: CODAPSO 


(*) - Sidi Mohamed Dadach, muitas vezes designado pelo «Mandela Saharaui» dado ser o preso político em África com maior número de anos de cárcere depois do líder sul-africano. Passou 24 anos detido e sujeito a condenação de pena de morte.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Adjunto do relator especial do Parlamento Europeu para os DDHH no Sahara Ocidental e Sahel afirma: “é inaceitável a repressão contra manifestantes pacíficos saharauis”


El Aaiun/Sahara Ocidental, territórios ocupados – O adjunto do relator especial do Parlamento Europeu para os Direitos Humanos no Sahara Ocidental e Sahel, declarou em El Aaiun que “é inaceitável a repressão contra manifestantes pacíficos saharauis”.

O adjunto do relator especial do Parlamento Europeu para os Direitos Humanos no Sahara Ocidental  e Sahel lidera  a delegação do Parlamento Europeu que visita o território desde terça-feira. O adjunto do relator declarou ontem, 28 de agosto, na primeira reunião que realizou com o representante das autoridades da administração de ocupação marroquina em El Aaiun que é “um facto inaceitável” a repressão contra as manifestações pacíficas de saharauis que terça-feira saíram à rua na cidade para reivindicar os seus direitos. Realçando que as autoridades marroquinas os devem tratar “com respeito e serenidade”.

A visita do adjunto do Relator do Parlamento Europeu deverá concluir hoje, quinta-feira, 29 de agosto.


Fonte: Poemario por un Sahara Libre / Radio Maizirat

SG da ONU nomeia general indonésio como novo chefe militar da MINURSO

General indonésio Imam Edy Mulyono,
novo Comandante da força militar da MINURSO

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, anunciou anteontem, 27 de agosto, a nomeação do general Imam Edy Mulyono, da Indonésia, como Comandante da Força da Missão das Nações Unidas para o Referendo do Sahara Ocidental (MINURSO).

Mulyono é atualmente Assistente Especial do Chefe de Estado Maior das Operações de Paz e anteriormente desempenhou o cargo de Oficial de Formação e Exercícios para Pessoal Superior e Comandante das Forças de Defesa do Centro de Manutenção da Paz da Indonésia.

Ingressou no exército Indonésio em 1984, comandando uma companhia de infantaria e um batalhão de infantaria, antes de se tornar professor associado do Comando Geral do Exército e Estado-maior do seu país.


Fonte: ONU

Primeiro-ministro saharaui convida Ban Ki-moon a visitar a região para pôr fim ao statu quo

O primeiro-ministro saharaui, Abdelkader Taleb Omar, apela ...

O primeiro-ministro saharaui, Abdelkader Taleb Omar, convidou hoje o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, a visitar a região “para por fim ao statu quo” na questão saharaui.

“Convidamos uma vez mais o SG da ONU a visitar a região para redinamizar os esforços para por fim ao conflito no Sahara Ocidental, de acordo com a legalidade internacional”, afirmou Taleb Omar durante uma conferência de imprensa realizada na capital argelina.

Esta visita permitiria a Ban Ki-moon “comprovar a realidade da colonização marroquina no Sahara Ocidental e a situação dramática em que vivem os saharauis nos territórios ocupados”, acrescentou.

Taleb Omar instou a comunidade internacional a assumir as suas responsabilidades na solução do conflito do Sahara Ocidental “permitindo ao povo saharaui exercer o seu direito inalienável à autodeterminação, em conformidade com as resoluções da ONU”.
 
... a Ban Ki-moon, SG da ONU

Para o presidente do Governo da RASD, uma visita do secretário-geral da ONU à região “permitirá a aplicação efetiva das resoluções da ONU que pedem um referendo sobre a autodeterminação nos territórios saharauis”. “Também diminuirá o bloqueio informativo imposto sobre a questão saharaui pelas autoridades de ocupação marroquinas que obstinadamente se negam a cumprir a legalidade internacional na questão do Sahara Ocidental”, acrescentou.

O primeiro-ministro saharaui expressou ainda a sua deceção pela “demora” no estabelecimento de um mecanismo de vigilância e proteção dos direitos humanos no Sahara Ocidental por parte do Conselho de Segurança da ONU.


SPS

UE quer melhorar diálogo com Marrocos sobre o Sahara Ocidental

Catherine Ashton

A União Europeia (UE) quer melhorar o diálogo com as autoridades marroquinas para poder abordar os “aspetos sensíveis ” sobre o Sahara Ocidental e facilitar as visitas de observadores internacionais à zona, afirmou hoje a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton.

A UE é de opinião que “há que atuar para facilitar uma abordagem mais construtiva, que torne possível o diálogo também em questões sensíveis e que permita as visitas ao Sahara Ocidental de observadores internacionais, levadas a cabo de boa fé”, segundo responde Ashton a uma pergunta parlamentar colocada à Comissão por um grupo de dez eurodeputados.

Ashton afirmou ter tido notícia da expulsão de Marrocos no passado mês de março de quatro eurodeputados que pretendiam entrar no território do Sahara Ocidental, assunto que os representantes dos 28 “trataram” com as autoridades marroquinas, explicou.

O Sahara Ocidental “gera frequentemente posições intransigentes pelas partes envolvidas”, acrescentou a chefe da diplomacia da UE que, no entanto, afirmou confiar que a situação melhore no futuro, algo que “é possível”, como demonstra a recente visita à região por parte de deputados do grupo socialista europeu.
 
Parlamento Europeu


Catherine Ashton recordou que os 28 expressaram de maneira reiterada a sua preocupação face à longa duração do conflito do Sahara Ocidental e as implicações para a segurança e a cooperação na região.

Também mencionou o apoio da União Europeia a uma resolução da ONU que sublinha “a importância de que melhore a situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental e nos acampamentos (de refugiados) de Tindouf”, em território argelino.

“A UE segue de perto os resultados das missões dos Estados membros ao Sahara Ocidental e considera contribuir para esses iniciativas de maneira coordenada e a nível adequado”, acrescentou Ashton.


Fonte: terra.com.pe / EFE

Espoliação continua: também a areia…

 

A areia do Sahara Ocidental ocupado continua a ser espoliada. Região Autónoma da Madeira e Canárias têm sido destinos recorrentes….

O Western Sahara Resource Watch (http://www.wsrw.org ) revela fotos do barco ‘Trío Vega” carregando areia no porto de El Aaiún, capital do Sahara Ocidental ocupado, com destino a Las Palmas.




O Trío Vega, com bandeira da Serra Leoa e 1800 toneladas de capacidade, tem feitos nos últimos dez dias viagens de vai-e-vem entre Las Palmas e El Aaiún, carregando e descarregando areia proveniente dos territórios ocupados. Os saharauis nunca deram consentimento a esta atividade. Trata-se pois de uma ação ilegal.

O Trío Vega há anos que transporta ilegalmente areia do Sahara Ocidental para as Canarias com destino aos armazéns da empresa Granintra, S. A., atividade denunciada pelo WSRW em várias ocasiões.

As fotos mostram a operação de carregamento de areia pelo Trío Vega no porto de El Aaiún no passado dia 24 de agosto. O navio deverá retornar de novo a El Aaiún nos próximos dias para prosseguir na espoliação de areia.

Há muitos anos que a areia saharaui tem como destino as Ilhas Canarias, onde, além de uso industrial, tem sido utilizada para aumentar o areal de muitas praias.


Fonte: wsrw.org

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mulheres Saharauis no 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial de Mulheres


De 25 a 31 de agosto de 2013, mais de 1600 militantes feministas provenientes de diversos países dos cinco continentes participam em São Paulo, Brasil, no 9º Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres (MMM).

A abertura do evento coube à Ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres do Brasil, Eleonora Menicucci, que presidia a uma mesa onde estavam também Denise Motta Dau, secretária de Políticas para Mulheres da Prefeitura de São Paulo, Miriam Nobre, coordenadora do Secretariado Internacional da MMM, além de uma representante da Assembleia dos Movimentos Sociais.



O encontro conta com espaços de debate e de Formação política e cultural, e de articulação e organização interna do próprio movimento internacional.

A União Nacional de Mulheres Saharauis assiste ao evento na qualidade de membro da MMM. Chabba Seini, Responsável do Departamento de Saúde e Família da UNMS participa em representação da UNMS.


Surgida no ano 2000, a Marcha Mundial das Mulheres (MMM) é um movimento feminista internacional que conta com grande participação e mobilização de mulheres de todo o. Atualmente, o movimento está presente em mais de 150 países e territórios

Fonte: UNMS

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Manifestação em El Aaiún brutalmente reprimida

 



Vários feridos após brutal intervenção de forças policiais marroquinas uniformizadas e à paisana e agentes de outros corpos da Segurança marroquina contra os manifestantes saharauis esta tarde no bairro Maatala e Casa Piedra.

Entre os feridos encontra-se Mohamed Dadach, o presidente do CODAPSO e prémio Rafto de direitos humanos norueguês. Outros cidadãos feridos são: Mariam Burhim, Nzaha Eljaldi, Sleima Limam, Breh Forrik, o ex-preso político Abderrahaman Zeyu, Leila Lili, Bomba Lefkir, Mahfuda Lefkir, Galia Yumani, Salma Numaria, Hadhum Forrik, Sukeina Yaya, Salam Bueh, Hayhum Azirgui, Um Lejut Lefkir, Egaibani Lehueich, Aid Elgardag, Hasan Elgardag e Yezana Ameidan. Segundo outras fontes, há também detidos, dos quais se desconhece no momento a identidade.

Os defensores de direitos humanos referem que até às 22 horas desta noite ainda decorriam fortes confrontos entre a população e agentes da segurança marroquinas vestidos à paisana no bairro Casa Piedra e na Rua Mezuar. Os manifestantes empunhavam bandeiras saharauis e gritavam palavras-de-ordem contra o Acordo de Pesca entre Marrocos e a União Europeia em que se incluem as águas do Sahara Ocidental; contra as violações de direitos humanos que o regime marroquino viola sistematicamente contra a população civil saharaui.

Segundo o Comité de Defesa do Direito de Autodeterminação do Povo Saharaui (CODAPSO), várias casas de saharauis foram (ou estão a ser) invadidas por agentes marroquinos na avenida Smara. Todas as lojas foram fechadas na cidade e imposto o recolher obrigatório nestes bairros cercados pelos serviços de segurança marroquinos.

O CODAPSO informa que 150 desempregados saharauis se encontram sentados frente à sede do Centro de Emprego marroquino, situado na Rua Meca.

Os desempregados gritam “Não ao saque dos nossos recursos naturais” e empunham cartazes em que denunciam a marginalização e o empobrecimento que sofrem por parte da administração de ocupação e denunciam os acordos de pesca UE-Marrocos, além de entoarem palavras-de-ordem a favor da independência e da autodeterminação do Sahara.


Fonte: CODAPSO; Foto: Equipa Media

Delegação Europeia visita Territórios Ocupados

 

Ontem, segunda-feira, chegou a El Aiún uma delegação europeia presidida pelo assistente do Relator especial do Mali , Sahel e Sahara Ocidental , o novo relator  no Parlamento Europeu que foi nomeado  há alguns meses.  A delegação deverá reunir-se com as autoridades de  ocupação e os ativistas saharauis representantes da sociedade civil.

Apesar dos intentos reticentes do regime marroquino quanto a esta visita, o responsável da delegação começou a contactar os ativistas de direitos humanos para acertar reuniões, esperando-se que os saharauis se venham a manifestar publicamente face a esta visita tão importante.

Há alguns dias as autoridades de ocupação retiraram as forças que tinham mandado cercar algumas ruas e bairros, num intento de ocultação e manipulação da verdade à delegação.

Esta visita mostra a preocupação com a situação nos territórios ocupados. O Estado marroquino tenta esconder o facto da opinião pública, falando vagamente sobre a delegação europeia. A visita terá, sem dúvidas, consequências a nível da União Europeia.

Logo que os ativistas comprovaram a importância desta visita, começaram desde logo a convocar uma manifestação para  expressar a trágica situação que prevalece  nas zonas ocupadas do Sahara Ocidental.

Fonte: Equipa Mediática (territórios ocupados, Sahara Ocidental)


Congresso da Liga de Mulheres do Partido Social-Democrata Sueco apoia reconhecimento de um Estado saharaui independente

 

O Congresso da Liga de Mulheres do Partido Social-Democrata Sueco aprovou por unanimidade uma recomendação de apoio ao reconhecimento de um Estado saharaui independente.

“A Liga de Mulheres do Partido Social-Democrata Sueco apoia o direito do povo saharaui à liberdade e à construção de uma entidade independente, desse modo defendemos também a questão do reconhecimento da RASD no Parlamento Sueco em Dezembro de 2012, o que foi exposto ao atual governo sueco, que continua a negar tal pedido”, refere o texto da recomendação aprovada no termo dos trabalhos do Congresso da Liga de Mulheres do Partido Social-Democrata Sueco.

Na declaração final há parágrafos que enfatizam a campanha internacional lançada pela Liga de mulheres do Partido Social-Democrata para impulsionar o projeto de reconhecimento da RASD como Estado libre e soberano, tanto no interior como fora da Suécia. A declaração condena as graves violações dos direitos humanos no Sahara Ocidental e exige o termo do saque dos seus recursos naturais, além de expressar o continuado apoio aos projetos para as mulheres saharauis.


Fonte e foto: UNMS

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

RASD procura investimento para a exploração de recursos naturais

 

M’hamed Khadad, membro do Secretariado Nacional da Frente Polisario, afirmou durante uma conferência integrada nos trabalhos da Universidade de Verão dos quadros da RASD, que terminou este domingo, que a Frente Polisario “procura investimento para a exploração de recursos naturais nos territórios libertados do Sahara Ocidental, destacando que foram descobertas grandes quantidades de ferro e metais preciosos nas regiões do sul do Sahara Ocidental”.
 
M’hamed Khadad


M’hamed Khadad afirmou que a RASD já firmou um contrato com esse objetivo: “Trata-se de um contrato com uma empresa australiana para a investigação e exploração de ferro, ouro e  urânio  nessas regiões; o processo de exploração e aproveitamento desses recursos em cooperação com empresas amigas iniciar-se-á quando o Conselho Nacional Saharaui aprovar o projeto de Lei de Mineração.”


O diplomata saharaui referiu-se igualmente às medidas adotadas pela Frente Polisario para fazer frente à exploração irracional e esgotamento dos recursos naturais saharauis por parte do ocupante marroquino.

domingo, 25 de agosto de 2013

Capacetes Azuis da ONU no Sahara Ocidental documentam assédio marroquino à casa da família do mártir Said Dambar


Num ato qualificado de sem precedentes na missão de observação que leva a cabo a Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental, na passada quinta-feira, dia 22 de agosto, na cidade de El Aaiun, a MINURSO interessou-se em documentar in situ o assédio policial marroquino contra a família do jovem saharaui assassinado pelos serviços policiais marroquinos em dezembro de 2010. 

Os Capacetes Azuis deslocaram-se ao lugar onde a família Dambar tinha organizado um “meeting” aberto em que exigia da administração da ocupação revelar a situação em que foi assassinado o seu familiar por disparos de dois policias e condenar o seu enterro sem o consentimento da família.


Esta informação foi confirmada à Radio Maizirat pelo defensor de direitos humanos saharaui Lehbib Salhi, membro da Coordenadora Gdeim Izik de Mobilizações Pacíficas. Segundo este ativista, as unidades policiais e de gendarmaria marroquinas que assediavam o domicilio da família Dambar, ao verem chegar a patrulha dos Capacetes Azuis da ONU e começar a filmar e fotografar a situação, abandonaram de imediato o local. Este novo gesto da Missão da ONU foi considerado pela população como uma nova dinâmica no seu trabalho sobre o terreno.


Fonte: Poemario por un Sahara Libre / Radio Maizirat

Central de Trabalhadores do Brasil reitera o seu apoio ao direito à autodeterminação e independência do povo saharaui

 

A Central de Trabalhadores do Brasil (CTB) expressou o seu apoio ao direito do povo saharaui à autodeterminação e independência em moção aprovada no encerramento do seu Terceiro Congresso celebrado em Anhemei, São Paulo, entre os dias 22 e 24 de Agosto.

O Terceiro Congresso da CTB pediu ao governo brasileiro “reconhecimento diplomático da República Saharaui” e manifestou o seu repudio e rejeição “ao uso da violência e a perseguição ao povo saharaui e ao movimento sindical do Sahara Ocidental”.

A moção da CTB exige “o fim da violência, o respeito dos direitos humanos e a desocupação imediata do Sahara Ocidental”.

A CTB manifestou apoio solidário à UGTSARIO: “expressamos a nossa solidariedade com a União Geral de Trabalhadores Saharauis (UGTSARIO) e continuaremos a trabalhar para a sensibilização dos sindicatos nacionais e internacionais e o movimento operário para o apoio à causa do Sahara Ocidental.

Assistiram ao Congresso 1600 delegados de todo o Estado federal e representantes sindicais de todos os continentes, que decorreu sob o lema “Avançar nas Mudanças e Valorizar o Trabalho”. A CTB elegeu a nova direção federal presidida pelo líder do setor bancário e presidente da CTB do Estado da Bahia, Edilson Araújo.


SPS

EXCLUSIVO MUNDIAL: O novo Protocolo do acordo pesqueiro União Europeia-Marrocos




O Western Sahara Human Rights Watch divulga, em exclusivo, o documento mais ansiosamente procurado. Trata-se do novo Protocolo do Acordo de Pesca firmado em Rabat a 24 de julho entre a comissária europeia Maria Damanaki e o ministro marroquino Aziz Ajanush.

O texto do novo Protocolo evidencia um novo escândalo quanto à posição da União Europeia sobre o Sahara Ocidental, pois do articulado do mesmo se depreende que se voltou a enganar a opinião pública em relação à exploração dos recursos pesqueiros do Sahara Ocidental.



Fonte: wshrw.org

PAM anuncia programa para tratamento da desnutrição das crianças saharauis


O Programa Alimentar Mundial (PAM) iniciará no próximo mês de janeiro um programa para o tratamento da desnutrição entre as crianças dos acampamentos de refugiados, segundo deu a conhecer esta semana aquela agência da ONU.

“O PAM iniciará em princípios do próximo ano a distribuição de um alimento rico em vitaminas para o tratamento da desnutrição das crianças saharauis refugiadas”, declarou o representante do PAM na Argélia, Pedro Figueiredo.

Trata-se de suplemento nutricional especial chamado “plumby’sup” para crianças com mais de 6 meses. É produzido com gordura vegetal, açúcar e proteína, enriquecido com um complexo de minerais e vitaminas.

Referindo-se a um estudo dos principais indicadores do estado nutricional destas crianças realizado recentemente nos acampamentos de refugiados saharauis, Pedro Figueiredo salientou que a taxa de desnutrição global, aguda e moderada (peso baixo para a idade) entre as crianças saharauis se mantém nos mesmos níveis que nos últimos dois anos. Esta taxa foi de 7,6% em 2012 e 7,9% em 2011, quando o nível crítico é de 10%.

O inquérito, realizado em outubro e novembro de 2012 nos acampamentos de refugiados saharauis, centrou-se nos principais indicadores do estado nutricional em crianças de 6 a 59 meses e em mulheres entre os 15 e os 49 anos.

Relativamente à desnutrição crónica (baixa estatura para o peso e a idade), a investigação do PAM registou uma “ligeira” melhoria nos últimos dois anos.

Pedro Figueiredo afirmou que a higiene e o saneamento existente nos acampamentos de refugiados saharauis tem consequências sobre a saúde destas crianças.

“A pobre qualidade da água (alta salinidade) dá lugar a alguns problemas de saúde, incluindo casos de diarreia nas crianças, agudizando a desnutrição”, disse.

Em relação à cesta de alimentos que o PAM distribui aos refugiados saharauis, o Representante do PAM explicou que ele contém 10 alimentos diferentes, segundo ele, “uma exceção” comparada com outros cestos para os refugiados no mundo, que apenas contém 3-4 produtos alimentícios.

“Temos que fortalecer o programa de prevenção nos suplementos alimentícios”, afirmou Pedro Figueiredo.

O inquérito do PAM também constatou uma “melhoria” na anemia entre as crianças saharauis, tendo recolhido resultados “animadores” obtidos em matéria de prevenção e tratamento da anemia.

A taxa de anemia diminuiu nos últimos dois anos entre as crianças refugiadas saharauis de 53% em 2010 para 28% em 2012.

Prevalece a anemia entre as mulheres saharauis que estão a amamentar, o inquérito mostrou que a taxa diminuiu nos últimos dois anos (18% em 2010 para 12% em 2012).


Relativamente ao tratamento da má nutrição entre as mulheres vulneráveis, Figueiredo acrescentou que o PAM proporcionou dois anos de alimentos ricos em vitaminas.

sábado, 24 de agosto de 2013

Secretariado Nacional da F. POLISARIO afirma necessidade de cooperação regional em matéria de segurança



O Secretariado Nacional da Frente Polisario, afirmou esta semana a necessidade de estreitar a cooperação entre os países da região em matéria de segurança, o apelo surge em comunicado emitido no termo da sexta sessão ordinária do SN, presidida pelo Presidente da República e Secretário-Geral da Frente Polisario, Mohamed Abdelaziz.

A reunião analisou a importância da cooperação entre os países da região para a segurança regional, proteção dos seus interesses e estabilidade. O SN apelou a unir esforços para o fortalecimento das medidas adotadas a nível nacional nesta matéria, em conformidade com o compromisso da República Saharaui com a União Africana e com as convenções internacionais.

A reunião abordou a situação dos territórios libertados da RASD e “as vias de administração e reconstrução desta terra libertada com o sacrifício dos mártires, feridos e do povo saharaui em geral”.

O SN da Frente Polisario abordou ainda a política de chantagem seguida por Marrocos e que pretende inundar a região com o veneno das drogas e o apoio ao crime organizado e aos grupos terroristas, assim como debilitar as economias dos países vizinhos.


À reunião assistiram ainda membros do Governo e do Corpo do Exército de Libertação Popular Saharaui.

Partido Social-Democrata sueco reafirma apoio à justa causa do povo saharaui

Jira Bulahe  e Fatma Mehdi com responsáveis
do Centro Olof Palme e do PSD sueco

Jens Orback, representante do Centro Internacional Olof Palme, declarou ontem, 23 de agosto, numa entrevista com a delegação de mulheres saharauis, que tanto ele como a sua Formação política - o Partido Social-Democrata sueco -, apoiam a justa causa saharaui e o respeito do seu direito à liberdade e à independência. A delegação de mulheres saharauis era integrada por Fatma Mehdi, secretária-geral da União Nacional de Mulheres Saharauis, e Jira Bulahe, ministra do  Emprego e Função Pública. A delegação da UNMS era acompanhada pelo representante da F. Polisario na Suécia.

A visita da delegação de mulheres saharauis à Suécia surge no seguimento de um convite das mulheres social-democratas suecas e inclui um programa que abarca encontros com responsáveis de diferentes organismos oficiais, além de encontros bilaterais com destacadas personalidades.

Ontem, a delegação foi recebida pelo Representante do Centro Internacional  Olof Palme, Jens Orback , a responsável do Departamento de Relações Internacionais do Partido Social-Democrata sueco, Ingrid Rudin, e a responsável de Programas do Centro Internacional Olof Palme, Kajsa Eriksson.


Fonte e fotos: UNMS

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Presidente do Conselho Nacional Saharaui denuncia apoio de Marrocos ao terrorismo

 

O presidente do Conselho Nacional Saharaui e chefe da delegação negociadora com Marrocos, Adduh Jatri, denunciou esta semana em Boumerdes (Argélia), o “apoio” de Marrocos ao terrorismo para desestabilizar a região e obstaculizar o processo de solução do conflito do Sahara Ocidental.

“Marrocos acolhe terroristas e grupos criminosos que atuam no norte do Mali e em algumas partes de África, são os mesmos terroristas que prepara para a execução de ataques terroristas para desestabilizar a região e obstaculizar o processo de solução do conflito do Sahara Ocidental, em conformidade com a legalidade internacional”, afirmou Adduh Jatri durante uma conferência na Universidade de Verão para os Quadros da República Árabe Saharaui Democrática (RASD).

“As autoridades marroquinas estão por detrás da formação do grupo terrorista MUJAO (Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental), para debilitar a posição do Estado saharaui”, isso reflete-se – explica - “na operação de sequestro de cidadãos ocidentais nos acampamentos de refugiados saharauis e os ataques contra interesses de alguns países da região, nomeadamente a Argélia”.

Adduh Jatri assegurou a determinação da RASD de fazer frente a estas “chantagens marroquinas” através da capacidade do seu exército, da cooperação em matéria de segurança entre o Estado saharaui e os países da região e os organismos da União Africana (UA).

Terroristas do MUJAO no norte do Malí

O Presidente do Conselho Nacional referiu que a proposta marroquina de autonomia é uma “perda de tempo” e contraria aos esforços da comunidade internacional para encontrar uma solução justa e duradoura para a questão, afirmando que “não há futuro para os saharauis sem a plena independência”.

“Se Marrocos vier a aceitar a opção da independência, o Estado saharaui está disposto a negociar com Marrocos os interesses bilaterais, incluindo no plano económico e a proteção dos colonos marroquinos no Sahara Ocidental”, acrescentou.

SPS

Marrocos perpetra genocídio cultural no Sahara Ocidental


Marrocos pretende apagar da face da terra o povo saharaui, sua história e seu património. A primeira coisa que fez foi invadir o Sahara Ocidental, em 1975, lançar bombas de napalm, fósforo branco e bombas de fragmentação contra a população que fugia desamparada das suas casas sem nada, em busca de proteção. A memória do povo saharaui guarda para a eternidade, as centenas de vítimas civis dos acampamentos de Um Draiga e Tifariti, selvaticamente bombardeadas pela aviação marroquina.

Os poços de água no deserto foram envenenados e mais tarde encerrados. A população que se salvou fugiu para Tindouf, cidade argelina fronteiriça com o Sahara Ocidental e aí se instalou, até hoje, em acampamentos de refugiados. Os que ficaram, sofrem maus-tratos, torturas, assassinatos, desaparecimentos e toda a sorte de violações dos direitos humanos.

Os saharauis foram colonizados pelos espanhóis, comercializavam com base na permuta e as suas tribos eram governadas por uma Junta de Notáveis, chamada Conselho dos 40 ou Ait Arbayin. Foram nómadas e, na sua maioria, instalaram-se nas cidades fundadas pelos colonizadores espanhóis. É a única nação árabe de fala hispânica; e a sua língua é o hassanía, um dialeto árabe. É um povo cuja origem remonta maioritariamente ao Iémen, que se assimilou com as tribos berberes meridionais e, por isso, a sua linhagem diferencia-se da gente do norte, proveniente originalmente da Arábia.



Trajes tradicionais saharauis


A língua, os trajes e os costumes, tudo os distingue dos marroquinos e até nas fisionomias entre saharauis e marroquinos é possível ver como são diferentes.

Desde há 38 anos que Marrocos procura “marroquinizar” o Sahara Ocidental (tal como o fizeram os chilenos ao pretender “chilenizar” a peruaníssima Tacna antes de 1929). Além do afluxo invasor de colonos, nas escolas pregam apenas uma inventada história marroquina, o idioma francês, e as cidades, por exemplo, foram batizadas em francês (por exemplo, a capital El Aaiún, é chamada agora de Laayoune), os nomes das ruas foram trocados por nomes de individualidades marroquinas ou de membros da sua família real. As crianças saharauis queixam-se que “os professores dão melhores notas aos alunos marroquinas, ainda que faltem”. Censuram a arte livre saharaui. Os saharauis não podem usar o seu traje característico quando vão aos mercados porque não lhes vendem os produtos e obrigam-nos a usar a roupa marroquina. Procuram que a história saharaui não exista e procuram desacostumar os autóctones de usar os seus trajes tradicionais.

Do relatório das Nações Unidas se depreende que o ocupante não só pretende eliminar o património cultural imaterial, mas também o material que dá testemunho da história e da cultura do Sahara Ocidental. Por exemplo, em 2004, destruíram o Forte de Villa Cisneros, primeiro edifício construído por Espanha no Sahara Ocidental em 1884. Pretenderam demolir a Igreja Católica de Dakhla mas ante o escândalo e os protestos, retrocederam.

Após o acampamento de protesto de Gdaim Izik, que reuniu mais de 30 mil saharauis, em novembro de 2010, a potência ocupante também proibiu o uso da “jaima”, a tenda símbolo da identidade nacional saharaui. O Governo da República Árabe Saharaui Democrática (RASD) pediu à UNESCO que assumisse as suas responsabilidades para com o património cultural do povo saharaui e que, desde 1975, está exposto à ruina e à degradação por Marrocos.
 
Velho Forte de Villa Cisneros (Dakhla), mandado destruir
por Marrocos em 2004


"Mas o mais grave e revoltante é a emissão de um regulamento pelas autoridades marroquinas, através do Ministério do Interior, durante a primeira semana de março de 2013, que proíbe a levantar "tendas” (jaimas)"em cidades, bairros ou praias ", afirma o ministro saharaui da Cultura numa carta à diretora da UNESCO, Irina Bokova.

A destruição do património saharaui foi denunciada por Farida Shaheed, perita independente das Nações Unidas para os direitos culturais. No relatório por si elaborado afirma: “Relativamente ao sistema de ensino existente, afirma-se que, como os saharauis só aprendiam a história oficial de Marrocos, nada se lhes ensinava sobre a sua própria cultura nem sobre a sua própria história. A perita independente recorda que isso não está em conformidade com o artigo 29 da Convenção relativo aos direitos da criança nem com o artigo 5 da Declaração da UNESCO sobre a diversidade cultural”.
 
Igreja Católica de Dakhla (Villa Cisneros)
Marrocos proíbe também o uso de nomes saharauis, violando a mesma Convenção anteriormente citada, que dispõe no seu artigo 8: “Os Estados Partes comprometem-se a respeitar o direito da criança a preservar a sua identidade, incluídos a nacionalidade, o nome e as relações familiares em conformidade com a lei e sem ingerências ilícitas”.

Apesar do Reino de Marrocos ter aprovado com pompa e circunstancia a nova Constituição (para procurar evitar a “primavera árabe” no país), onde se diz respeitar a “cultura hassanía”, Shaheed menciona: “A perita independente também se inteirou, com preocupação, de que os saharauis não gozam nunca, na prática, do direito de registrar os seus filhos no registo civil com o nome que desejam, em particular, segundo a prática hassanía, de utilizar nomes compostos”.

(…) No caso do Sahara Ocidental, os marroquinos obrigam os saharauis a por um nome e um apelido, embora nos saharauis, seguindo um costume anterior ao Islão, o nome completo é constituído pelo nome do nascituro, o do seu pai e o do avô. Os próprios colonizadores espanhóis respeitaram esse costume. Como refere o advogado Haddamin Moulud Said “a atual lei do registo civil marroquino, aplicado pela força no Sahara Ocidental, impede os progenitores saharauis de dar aos seus filhos estes nomes: Mulay, Sidi e Lal-la. Impede-o porque só os membros da família real podem ostentar esses nomes. Quando, tanto no Sahara como também na Mauritânia, tais nomes são muito comuns e correntes”.

Os marroquinos construíram o muro militar de 2720 quilómetros, o maior do mundo, que divide o Sahara Ocidental em dois, a zona ocupada e a zona libertada pela Frente Polisario, único representante do povo saharaui reconhecido pela ONU e onde se constituiu a RASD. Ou seja, famílias separadas por um muro e com nomes e apelidos distintos, com idiomas diferentes (francês e espanhol), e distinto ensino da história.
Todo isso constitui um genocídio cultural, práticas racistas que recordam a filosofia e a política de discriminação racial do apartheid na África do Sul.

Fonte: La Primera / generaccion.com / Por Ricardo Sánchez-Serra*
*Periodista peruano. Membro da Imprensa Estrangeira em Espanha
Twitter: @sanchezserra
Blog: http://rsanchezserra.blogspot.com/
Email: sanchez-serra9416@hotmail.com