Mohamed Abdelaziz com Jakaya Mrisho Kikwete, Presidente da Tanzânia |
O presidente da República Saharaui e Secretário-Geral da Frente Polisario, Mohamed Abdelaziz, apelou aos líderes da União Africana a que "não fiquem de braços cruzados face à intransigência de Marrocos e às graves violações dos direitos humanos" no Sahara Ocidental.
M. Abdelaziz afirmou esta segunda-feira no seu discurso perante
a XIX Cimeira da União Africana, que decorre em Addis Abeba, que "a União Africana
é um parceiro oficial da ONU e está obrigada a assumir as suas
responsabilidades no seguimento da plena aplicação do plano de resolução das Nações
Unidas no Sahara Ocidental que conduza, sem demora, àquele que é o seu propósito
essencial, a descolonização da última colónia em África, permitindo ao povo saharaui
exercer o seu legítimo direito à livre determinação e à independência ", afirmou
o presidente da RASD.
Abdelaziz condenou também o sequestro terrorista dos três
cooperantes europeus nos acampamentos de refugiados saharauis em outubro de
2011 e afirmou que os esforços não pararão até que se venha a dar a libertação
dos reféns.
"Apoiamos todos os
esforços para libertar os reféns tão breve quanto possível, e pôr fim a este
fenómeno aberrante. Também confirmamos - acrescentou o dirigente saharaui – o nosso
apoio aos incansáveis esforços no âmbito africano e a nível da Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental para pôr fim a esta grave situação que ensombra a segurança e a
estabilidade de toda a região.“ acrescentou o presidente saharaui.
De Adis Abeba, M. Abdelaziz apelou à Missão das Nações Unidas
para o Referendo no Sahara Ocidental, MINURSO, para que assuma o papel para que
foi encarregada na execução dos seus mandatos, como missão internacional numa
região sob a responsabilidade das Nações Unidas.
"Insistimos na necessidade de permitir à MINURSO levar
a cabo a execução das suas competências com independência e liberdade de movimento
na observância, proteção e controlo dos direitos humanos."
(SPS)
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