Smara, sexta-feira, 21 de setembro |
Segundo informaram hoje, sábado, correspondentes da Rede de
Maizirat a partir da cidade ocupada de Smara, as forças de repressão marroquinas
arremeteram com brutalidade sexta-feira, dia 21, contra uma manifestação pacífica
que percorreu as ruas da cidade e que tinha sido convocada por dezenas de cidadãos
que protestavam, reivindicando e reclamando os seus legítimos direitos de emprego
e de habitação. Os manifestantes entoaram palavras-de-ordem a favor da independência
nacional e empunharam bandeiras da República Árabe Saharaui Democrática. Os
manifestantes gritaram também consignas exigindo o respeito dos direitos humanos
no Sahara Ocidental e reivindicaram o direito do povo saharaui à autodeterminação.
O aparato repressivo marroquino utilizou os seus agentes de polícia
vestidos à paisana e as forças paramilitares, com o uso excessivo da força brutal,
tendo utilizado pela primeira vez motos de perseguição, e empunhando bastões, matracas
e insultos verbais, com invasão também de domicílios.
Hayeiba Banahi, grávida, sofreu ferimentos e está internada
no hospital. Aba Chij
Salama Said foi ferido nos ombros.
Várias casas e estabelecimentos comerciais, propriedade de
saharauis foram invadidos pelos agentes da policía marroquina causando perdas
avultadas. Entre as famílias saharauis atingidas estão: Ahel Banahi, Ahel
Ameirah, Ahel Salek Abdeluadud, Ahel Mohamed Salem Chiji, Ahel Bariku, Ahel
Fater, Ahel Andala Daha e Ahel Mohamed Uld Ehmednahi.
Durante a manifestação os serviços policiais marroquinos
detiveram o cidadão saharaui Yeslem Uld Lemahad, levaram-no para fora da Cidade,
torturaram-no e abandonaram-no numa vala nas cercanias de Wein Seluan.
*Fonte: Rede de Informação Maizirat
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