quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Ross volta ao norte de África e à Europa de 27 de outubro a 15 de novembro


O Enviado Pessoal do SG da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross, viaja ao norte de África e Europa de 27 de outubro a 15 de novembro para "acelerar os progressos" que conduzam a uma solução política que tenha em conta a livre determinação do povo saharaui.

Quem o anunciou foi o porta-voz das Nações Unidas, Martin Nesirky, que confirmou a primeira visita de Ross à antiga colónia espanhola desde que, na primavera passada, cancelou essa viagem à região depois de Rabat lhe ter retirado a sua confiança durante meses.

Ross procurará nesse seu périplo trocar pontos de vista com interlocutores-chave no conflito do Sahara Ocidental, afirmou a fonte da ONU.

O porta-voz acrescentou que, uma vez concluída a viagem, o Enviado Pessoal do SG para o Sahara Ocidental terá um encontro com os representantes dos países membros do Conselho de Segurança.

Ross cancelou em maio passado uma visita que tinha previsto realizar à antiga colónia espanhola depois de Marrocos lhe ter retirado a sua confiança pela sua suposta parcialidade e porque "não havia conseguido nenhum avanço significativo".

No fim de agosto o Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, acordou com o Rei Mohamed VI a permanência no cargo do seu Enviado Pessoal "para prosseguir as negociações e apoiar o trabalho de Ross e da sua equipa".

Marrocos criticou a sua obstinação na defesa da independência da Missão da ONU para o Referendo no Sahara Ocidental (Minurso) e o seu suposto intento de fazer com que a missão tenha um mandato sobre temas relativos as direitos humanos.

Rabat considera que a sua soberania sobre o território que ocupou em 1975 é plena e diz não admitir qualquer restrição ou permitir que um organismo não-marroquino tenha algum tipo de autoridade sobre o governo.
As diferenças entre Marrocos e a Frente Polisário têm por base que Rabat defende que o seu plano de autonomia é a única solução para o conflito, enquanto os saharauis defendem um referendo em que a independência seja uma opção.

EFE


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