sábado, 10 de novembro de 2012

A minha viagem visa conseguir uma resolução política que conduza o povo saharaui à autodeterminação - afirma Christopher Ross



O Enviado Pessoal do SG da ONU, Christopher Ross, declarou quinta-feira em Argel, capital da Argélia, que a sua ronda na região visa definir os meios que facilitem as negociações entre Marrocos e a Frente Polisario "a fim de se conseguir uma resolução política justa, duradoura e aceitável para as duas partes e garantir o direito do povo saharaui à sua autodeterminação".

Ross afirmou isso mesmo na Argélia nos encontros que manteve com o presidente da Comissão de Negócios Estrangeiros, da Cooperação e da Comunidade e os presidentes e representantes dos seis grupos parlamentares com assento na Assembleia popular nacional argelina (APN).

O enviado de Ban Ki-Moon precisou que tem "trabalhado na avaliação dos esforços despendidos nestes cinco últimos anos a fim de conseguir um verdadeiro avanço na via das negociações diretas entre as duas partes".

Por seu lado, os presidentes e representantes dos grupos parlamentares sublinharam "o desejo da Argélia de velar pelo respeito dos princípios da boa vizinhança com todos e defender as justas causas".

Edifício da Assembleia Popular Nacional argelina

Os dirigentes argelinos referiram ainda que a Argélia orgulha-se de contribuir para a edificação da União do Magreb Árabe (UMA), acrescentando que «ela não faz parte do conflito, mas que desenvolve esforços importantes para se conseguir uma resolução equilibrada em conformidade com as decisões da legalidade internacional e coloque um fim a este conflito que dura há 37 anos".

Os deputados foram unânimes em sublinhar que "se trata de um processo de descolonização e que é imperativo permitir ao povo saharaui exercer o seu direito à autodeterminação através de um referendo livre e integro sob a égide das Nações Unidas".

Intervindo na ocasião, Belkacem Abbès, o presidente da comissão dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação e da Comunidade, sublinhou que as relações com o Reino de Marrocos "são relações de amizade e fraternidade " lembrando que muitas ONG através do mundo apoiavam o direito do povo saharaui à sua autodeterminação.

Lembrou que neste contexto de desenvolvimento de perigosos acontecimentos na região do Sahel por causa do tráfico de drogas e armas há que estar alerto para o impacte dessas atividades ilegais sobre a paz e estabilidade na região.

(SPS)

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