domingo, 4 de novembro de 2012

Sociedade civil saharaui insta ONU a trabalhar para desmantelar o muro militar marroquino



A sociedade civil saharaui pediu às Nações Unidas que trabalhe com o objetivo de desmantelar o muro militar marroquino que divide o Sahara Ocidental e limpar a zona de minas, o pedido foi feito durante uma reunião com o Enviado Pessoal do SG da ONU, Christopher Ross, que chegou sábado aos acampamentos de refugiados saharauis no âmbito de uma viagem pelo norte de África e Europa.

A reunião contou com a presença da Associação de Familiares de Presos e Desaparecidos Saharauis (AFAPREDESA), a Associação de Vítimas de Guerra e Minas (ASAVIM) e a União de Jornalistas e Escritores Saharauis (UPES).
Durante a sua intervenção na reunião, o presidente da ASAVIM, Aziz Haidar, pediu à ONU que pressione a ocupação marroquina a eliminar o muro militar, uma muralha que atenta contra a natureza, a vida das pessoas e divide um país, um povo, famílias inteiras e é considerado um crime de guerra.

minas anti-pessoal
Aziz Haidar insistiu na pressão sobre Marrocos para que subscreva os tratados e convenções internacionais sobre proibição de minas anti- pessoal de Ottawa e de Oslo, destacando a este respeito que a Frente POLISARIO já tinha firmado a Convenção de Oslo há anos atrás.

"Marrocos não pode continuar a recusar-se a permitir a limpeza de minas no Sahara Ocidental que  se encontram disseminadas  por todo o muro militar marroquino", sublinhou o presidente da ASAVIM, ao mesmo tempo que apelou às Nações Unidas que ajude os saharauis na reabilitação e ajuda às vítimas das minas, cujo número aumenta  de ano para ano, revelando que a ASAVIM tem registadas 1.142 vítimas de minas.

Christopher Ross tem previsto vários encontros com a sociedade civil, dirigentes da Polisario e do governo saharaui, e concluirá a sua visita esta segunda-feira com uma reunião com o Presidente da República e Secretário-geral da Frente Polisario Mohamed Abdelaziz.

(SPS)

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