O defensor dos direitos humanos saharaui "Mahyub Aulad
Chij” (nome imposto por Marrocos) foi surpreendido no dia 08 de janeiro ao ser
convocado pela polícia judiciária marroquina de El Aaiun para ser interrogado
na prisão local.
A convocatória e o interrogatório surgem na sequência de uma
falsa denúncia apresentada por um dos funcionários da prisão encarregados de
organizar as visitas das famílias aos presos. O referido funcionário prisional
afirma ter sido agredido, facto que El Mahyub nega rotundamente. O preso
saharaui afirma justamente o contrário: que já por diversas vezes denunciou
junto da sua família os maus tratos e a privação de visitas resultantes da
atuação do referido funcionário da prisão marroquina de El Aaiun.
A família do preso político saharaui e dos demais presos
políticos saharauis repudiam esta ação arbitrária marroquina e perguntam pelo destino
de muitas ações judiciais apresentadas nos tribunais marroquinos contra agentes
da polícia judiciária que torturaram e maltrataram presos saharauis nas dependências
judiciais da cidade de Dakhla sem que alguma vez tenham tido qualquer tipo de
resposta a essas denúncias. O preso saharaui Al Mahyub Aulad Chij está condenado
a três anos de prisão, tal como um grupo de defensores de direitos humanos
saharauis, pela sua posição frontal de defesa do direito de autodeterminação do
povo do Sahara Ocidental.
Fonte CODESA; Foto (julho de 2008)
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