sábado, 9 de fevereiro de 2013

2.ª Sessão do Julgamento no Tribunal Militar de Rabat dos 24 presos políticos saharauis de Gdeim Izik

Antonio Masip e Willy Meyer, com ativistas saharauis
dos direitos humanos, à entrada do Tribunal Militar de Rabat


Antonio Masip, deputado europeu pelo PSOE, assistiu em Rabat, juntamente com Willy Meyer, eurodeputado pela Esquerda Unida de Espanha e vice-presidente do Parlamento Europeu, à segunda sessão do julgamento em Tribunal Militar dos 24 ativistas saharauis. O seu testemunho.

Foi emocionante o encontro com as famílias dos presos e, mais ainda, a sua entrada na Sala do Tribunal com os dedos bem levantados em sinal de vitória e as suas palavras-de-ordem gritadas em hassania e espanhol sobre a independência, a liberdade do Sahara e a exigência de que a MINURSO controle a violação dos direitos humanos no território.

No julgamento os advogados tiveram possibilidade de dizer o que quiseram. São saharauis e marroquinos de Associações de Direitos Humanos, com elevada qualificação profissional.


Invocaram a incompetência da juristição militar, a proibição da nova Constituição marroquina para a existência de tribunais especiais, a tortura, as declarações arrancadas pela violência, incluindo o estupro de um dos acusados ​​com uma garrafa e abuso de vários dos detidos e - o ainda mais surpreendente -, que é o facto de um deles ter sido detido antes mesmo de terem ocorrido os acontecimentos de Gdeim Izik. Um dos que se auto-culpabiliza fá-lo com a impressão digital, embora se saiba que sabe ler e escrever.

A reação das autoridades marroquinas é claramente contraditória. Por um lado, querem manter uma imagem de moderação mas, por outro, comportam-se tal como são, invasores, como ocupantes ilegais que, como colonialistas, cometem abusos contra a população local.

Na rua, durante horas, as famílias saharauis estão presentes e manifestam-se com a sua admirável capacidade de luta e tenacidade.

Fonte: Poemario por un Sahara Libre

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