Horas antes da realização da segunda sessão do julgamento no
Tribunal militar de Rabat dos 23 presos políticos saharauis encarcerados desde a
dissolução do acampamento da Dignidade, o plenário do Parlamento Europeu aprovou
incluir no mandato da delegação à sessão XXII dos Direitos Humanos da ONU a
exigência de que se "liberte todos os presos políticos saharauis" e o
seu "apoio a uma solução justa e duradoura para o conflito com base no
direito à autodeterminação do povo saharaui".
O eurodeputado de Esquerda Unida, Willy Meyer, que neste momento
viaja para Rabat para poder acompanhar amanhã os presos políticos saharauis e seus
familiares durante o julgamento militar, mostrou a sua satisfação quanto à
tomada de posição, ao afirmar: "penso transmitir pessoalmente esta boa
noticia ao grupo de GDEIM IZIK e aos seus familiares para que sintam o apoio e
a solidariedade expressa hoje pelo Parlamento Europeu".
Além de exigir a libertação de todos os presos políticos e dar
o seu apoio ao direito de autodeterminação do povo saharaui, o texto aprovado
hoje pelo plenário do PE evidencia explicitamente "a preocupação do Parlamento
Europeu pelo facto de persistir a violação dos direitos humanos no Sahara Ocidental",
pedindo que "se protejam os direitos fundamentais dos saharauis" e
"destaca a necessidade de um seguimento internacional da situação dos direitos
humanos no Sahara Ocidental".
Fonte: Willy Meyer
Sem comentários:
Enviar um comentário