sábado, 23 de janeiro de 2021

Organização saharaui denuncia o cerco às casas de militantes dos DDHH sob a presença “cúmplice” da MINURSO


A casa de Sultana Jaya (à direita), na cidade de Bojador, tem sido alvo de cerco severo

A Comissão Nacional Saharaui dos Direitos do Homem (CONASADH) denunciou esta sexta-feira com veemência a política de cerco imposta pelas autoridades de ocupação marroquinas às casas dos militantes saharauis nos territórios ocupados.

Em comunicado, a CONASADH denunciou com veemência a interdição imposta às casas dos militantes saharauis por Marrocos nos territórios ocupados sob os olhos e o conhecimento da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental /(MINURSO) que passa a ter "papel cúmplice" da ocupação marroquina. A ONG expressa a sua “solidariedade incondicional para com todas as famílias saharauis vítimas da opressão marroquina”.

A CONASADH renovou o seu apelo ao Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para que assuma a sua missão que consiste, essencialmente, na protecção dos civis saharauis em tempo de guerra, alertando para as consequências das políticas das forças opressoras de ocupação marroquina.

A CONASADH apelou também à tomada de medidas urgentes de proteção dos saharauis desarmados, o envio de uma missão para investigar de forma independente os crimes cometidos e a criação de um mecanismo internacional independente de proteção e vigilância dos direitos humanos no Sahara Ocidental.




A organização saharui apelou ainda ao Alto Comissariado dos Direitos da ONU e às instâncias de observação das Nações Unidas a fazeram pressão sobre Marrocos para que abra os territórios saharauis ocupados às organizações internacionais, observadores e jornalistas para avaliarem a alarmante situação dos direitos humanos.

 Por último, a ONG apela a todas as organizações e organismos internacionais e nacionais a lançar campanhas de sensibilização para pressionar Marrocos a libertar os presos saharauis condenados pelas suas posições políticas. A organiza sublinha que “acompanha com muita atenção a degradação flagrante dos direitos humanos nos territórios ocupados, na sequência da agressão militar levada a cabo contra o povo saharaui no passado dia 13 de novembro”.

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