Durante a apresentação ao Conselho dos Direitos do Homem, em Genebra, do relatório anual sobre os direitos do Homem no Sahara Ocidental ocupado, elaborado por um grupo de organizações internacionais especializadas, Abdullah Asoueilm, diretor do Gabinete de Coordenação dos Assuntos das Zonas Ocupadas das Ilhas Canárias, sublinhou que as violações persistem desde a invasão marroquina do Sahara Ocidental e que evoluíram mesmo com a adoção de novas formas de tortura, prisões e detenções arbitrárias, repressão, assédio e perseguição de activistas, informou a agência noticiosa saharaui (SPS).
Denunciou também a pilhagem dos recursos naturais pelo ocupante marroquino, a confiscação da propriedade privada e a supressão dos meios de subsistência, para além do cerco e encerramento do território às organizações de defesa dos direitos humanos e o assédio aos seus dirigentes.
O responsável saharaui sublinhou que os presos políticos saharauis do Grupo Gdeim Izik são sistematicamente submetidos a torturas psicológicas e físicas e à privação dos direitos mais elementares, para não falar do sofrimento das suas famílias devido à distância das prisões em relação aos seus locais de residência e às dificuldades que enfrentam para comunicar e visitar os seus filhos na prisão.
Durante a segunda quinzena de junho, o Conselho dos Direitos do Homem organizou um certo número de actividades para esclarecer a questão saharaui, em particular os seus aspectos jurídicos e judiciários, num contexto de legítimas queixas sobre a falta de prerrogativas da MINURSO em matéria de controlo das violações dos direitos humanos por parte do ocupante marroquino, como acontece com todas as outras missões idênticas das Nações Unidas.
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