A Frente Polisario e
o Governo da República Árabe Saharaui Democrática qualificam a decisão de Marrocos de retirar a confiança ao Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas, Christopher Ross, como arbitrária e um
desafio à comunidade internacional, refere um comunicado do Ministério da
Informação Saharaui publicado hoje.
Esta grave e injustificável decisão — refere o comunicado —,
é um novo desafio intolerável e inaceitável de Marrocos à Comunidade
Internacional, ao Secretário-Geral da ONU e ao Conselho de Segurança, que
considerou na sua última resolução 2044 de 24 de abril de 2012 a situação como
um statu quo inaceitável e
"reafirmava o seu apoio ao Enviado
Pessoal do SG para o Sahara Ocidental, Christopher Ross, e aos seus esforços
para facilitar as negociações entre as partes".
”Marrocos quer assumir descaradamente o direito de ditar ao
SG da ONU o conteúdo dos seus relatórios ao Conselho de Segurança e decidir a
ação a seguir pelo seu Enviado Pessoal”, adianta o documento. “Marrocos, com
esta decisão – acrescenta o texto – pretende quebrar a credibilidade e
neutralidade das operações da MINURSO , como o confirmou o último relatório do
SG, bloquear o processo de paz e prosseguir as graves violações dos direitos
humanos nos territórios saharauis ocupados.
A Frente Polisario e
o governo da RASD “reiteram a sua vontade de
continuar a apoiar e cooperar com
os esforços do SG da ONU e do seu Enviado Pessoal, Christopher Ross, para
completar o processo de descolonização do Sahara Ocidental e, nesse sentido,
lançam um apelo urgente ao Conselho de Segurança para tomar as decisões
necessárias e as medidas pertinentes destinadas a salvaguardar e proteger a
autoridade das Nações Unidas e a credibilidade do seu trabalho pela paz no
Sahara Ocidental”, acrescenta o comunicado.
18-05-2012
SPS
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