Uma delegação da UE esteve em Villa Cisneros (Dajla) na
terça-feira, 12 de junho, para visitar o
porto e avaliar se possui certos elementos de qualidade. No entanto, os ativistas saharauis observaram que as
autoridades do porto pediram a todos os barcos que abandonassem o porto até que
a Delegação tenha abandonado a cidade.
O porto ficou apenas com 12 barcos dos 100 que habitualmente
se encontram ali a pescar ilegalmente. Estes cem barcos vêm do norte e não são
propriedade de Saharauis.
Fontes dos ativistas saharauis de Dajla, afirmam que a
comissão chegou à cidade sob um rigoroso bloqueio informativo; não se sabia da
sua chegada, e foram instalados num luxuoso club para generais e altos comandos
militares marroquinos, conhecido como o Elmis, cercados e guardados por um
forte dispositivo de segurança militar.
A comissão, segundo conseguiram averiguar os ativistas,
visitou fábricas e centros de
armazenagem e refrigeração no porto da cidade e outros locais onde há apenas
pessoal trabalhador marroquino. Foram guiados pelas próprias autoridades de
ocupação, sob total secretismo.
Os ativistas saharauis puderam inteirar-se da deslocação que
efetuou a comissão a um luxuoso local nas cercanias da Cidade, situado na zona
costeira, conhecido como Vingt à cinq, situado a 25 km ao norte de Dajla. Onde passaram um dia a fazer
turismo.
Até ao momento em que foi recebida esta informação, os ativistas
afirmam que a comissão não teve nenhum encontro nem nenhum contacto com os
sindicatos saharauis, ativistas saharauis dos direitos humanos nem com a
população autóctone. Limitou-se a cumprir uma agenda definida pelas autoridades
marroquinas.
Não foi possível conhecer a composição da delegação, dado o
estrito hermetismo que rodeou a sua viagem e a forma como se tem deslocado ao
território.
By WSHRW
(Western Sahara Human Rights Watch)
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