Abdelilah Benkirane, primeiro-ministro de Marrocos
e líder
do Partido da Justiça e do Desenvolvimento (islamita)
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Depois da alta dos preços dos carburantes, a queda da
produção cerealífera. Decididamente, uma má notícia para o governo de Abdelilah
Benkirane. O setor da agricultura, que representa em Marrocos cerca de 15% do
PIB e emprega um marroquino em cada dois, numa população estimada em 33 milhões
de habitantes, recebeu um duro golpe.
Com efeito, a produção cerealífera para o ano 2011-2012 é
estimada em cerca de 5,1 milhões de toneladas, ou seja uma diminuição de 38% a
39% relativamente ao ano anterior, segundo revela um documento oficial do
ministério da Agricultura obtido pela agência France Presse.
«Comparativamente à campanha 2010-2011, a produção e o
rendimento da produção de cereais diminuíram respetivamente 39,1% e 38% em
virtude do deficit pluviométrico registado durante os meses de fevereiro e
março (2012)», precisa o documento do ministério ministério, cujo titular da
pasta é o homem de negócios Aziz Akhennouch.
Estes maus registos significam que o Estado marroquino vais
ser obrigado a importar grandes quantidades de trigo, agravando ainda mais o
deficit da balança comercial dum país que importa já a quase totalidade do seu
petróleo.
Numa população de 33 milhões de habitantes, um em cada dois marroquinos trabalha na agricultura |
Segundo o documento do ministério da Agricultura, «a
produção do ano 2011-2012 resulta de uma exploração numa área de cerca de 5
milhões de hectares (…) principalmente de zonas favoráveis» e irrigadas.
Para apoiar os agricultores, o Estado desbloqueou um
montante orçamental de 1,35 mil milhões de dirhams (123 milhões de euros), grande
parte do qual foi destinado à preservação do efetivo pecuário.
Para um governo liderado por um político de sorriso
engraçado e gentil que veio para nos fazer felizes, isto não é piada!
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