Na sequência das sentenças cruéis e injustas de que fomos
vítimas — condenações que chegaram até aos 3 anos de prisão efetiva —, os
presos políticos saharauis condenados pelos trágicos acontecimentos na cidade
ocupada de Dakhla reafirmam o seu apego ao direito à liberdade e dignidade de
nosso povo e a expressar a nossa forte posição na questão do Sahara Ocidental
ocupado por Marrocos.
Queremos dirigir-nos à opinião pública internacional e à
opinião local afirmando:
A nossa profunda condenação e repulsa por estas sentenças
injustas. Queremos apelar à opinião pública e à consciência dos homens livres
em todo o mundo, a intervenção rápida e urgente para que se exerça pressão
sobre o Estado marroquino exigindo a nossa libertação sem limitações nem
condições.
Apelamos a todas as organizações internacionais de defesa
dos direitos humanos, e em primeiro lugar à Missão das Nações para o Referendo
no Sahara Ocidental (MINURSO), assim como ao Relator Especial da ONU contra a
Tortura, para que seja aberta uma investigação urgente sobre as circunstâncias
e os motivos da nossa detenção e ao julgamento injusto a que fomos sujeitos,
assim como a tortura psicológica e física que sofremos nas comissarias da
polícia judiciária na cidade de Dakhla.
Trazer à justiça os responsáveis pela nossa prisão e agonia,
para responsabilização dos seus crimes hediondos.
Declaramos a nossa adesão à Frente Popular para a Libertação
do Saguia el-Hamra e Rio de Ouro, Frente POLISARIO, como o único e legítimo
representante de todo o povo saharaui.
Exigimos de todos os organismos internacionais as condições
que permitam ao povo saharaui exercer o seu legítimo direito à livre
determinação e o respeito dos direitos humanos nos territórios ocupados do
Sahara Ocidental.
O Estado Saharaui independente é a solução
Assinam: os presos políticos saharauis dos sangrentos
acontecimentos de Dakhla, antiga Villa Cisneros, territórios ocupados.
Prisão Negra de El Aaiún, Sahara Ocidental
Quarta-feira, 26 de setembro de 2012.
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