quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Agravadas penas de prisão a saharauis de Dakhla


Dakhla, 26-09-2011, forças do aparelho repressivo marroquino 

O Tribunal de Apelação da cidade de El Aaiún aumentou ontem para três anos de prisão a pena contra dois independentistas saharauis e confirmou as penas de outros sete pela sua participação nos distúrbios de setembro de 2011 em Dakhla, no Sahara Ocidental.
Segundo afirmou à agência EFE María Dolores Travieso Darias, observadora enviada pelo Conselho Geral da Advocacia de Espanha, o tribunal aumentou de 18 meses para três anos a pena a duas pessoas, confirmou a pena de um ano de prisão a um ativista e de três anos a outros seis.
O tribunal decidiu ainda adiar o julgamento de outros dois saharauis até 9 de outubro por não estar presente um dos seus advogados.
Um total de 11 ativistas saharauis passaram (ontem) pelo Tribunal de Apelação pela sua alegada implicação nos distúrbios de setembro de 2011 em Dakhla, que começaram com um confronto entre claques de duas equipas de futebol e derivaram depois para enfrentamento entre saharauis e marroquinos procedentes do norte do país.
Os saharauis tinham sido condenados em abril por alegada formação de um “bando criminoso, conspiração em assassinato premeditado, obstrução do trânsito na via pública, participação em confrontos, delitos contra pessoas, embriaguez em público, posse e consumo de drogas ou por agressão dos funcionários públicos no desempenho das suas funções”...
Durante o dia de (ontem) o Tribunal de Apelação também aumentou as penas de 8 para 18 meses de prisão a dois saharauis e de 18 meses a três anos de prisão e um terceiro por alegadamente terem provocado “ distúrbios durante uma manifestação” em El Aaiún.
Gali Bujala, membro da Associação Saharaui de Vítimas de Violações dos Direitos Humanos (ASVDH), referiu à EFE que durante os diferentes julgamentos os saharauis gritaram várias palavras de ordem a favor da autodeterminação saharaui.

EFE

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