Dakhla, 26-09-2011, forças do aparelho repressivo marroquino |
O Tribunal de Apelação da cidade de El Aaiún aumentou ontem
para três anos de prisão a pena contra dois independentistas saharauis e
confirmou as penas de outros sete pela sua participação nos distúrbios de setembro
de 2011 em Dakhla, no Sahara Ocidental.
Segundo afirmou à agência EFE María Dolores Travieso Darias,
observadora enviada pelo Conselho Geral da Advocacia de Espanha, o tribunal aumentou
de 18 meses para três anos a pena a duas pessoas, confirmou a pena de um ano de
prisão a um ativista e de três anos a outros seis.
O tribunal decidiu ainda adiar o julgamento de outros dois
saharauis até 9 de outubro por não estar presente um dos seus advogados.
Um total de 11 ativistas saharauis passaram (ontem) pelo Tribunal
de Apelação pela sua alegada implicação nos distúrbios de setembro de 2011 em
Dakhla, que começaram com um confronto entre claques de duas equipas de futebol
e derivaram depois para enfrentamento entre saharauis e marroquinos procedentes
do norte do país.
Os saharauis tinham sido condenados em abril por alegada formação
de um “bando criminoso, conspiração em assassinato premeditado, obstrução do trânsito
na via pública, participação em confrontos, delitos contra pessoas, embriaguez em
público, posse e consumo de drogas ou por agressão dos funcionários públicos no
desempenho das suas funções”...
Durante o dia de (ontem) o Tribunal de Apelação também
aumentou as penas de 8 para 18 meses de prisão a dois saharauis e de 18 meses a
três anos de prisão e um terceiro por alegadamente terem provocado “ distúrbios
durante uma manifestação” em El Aaiún.
Gali Bujala, membro da Associação Saharaui de Vítimas de
Violações dos Direitos Humanos (ASVDH), referiu à EFE que durante os diferentes
julgamentos os saharauis gritaram várias palavras de ordem a favor da
autodeterminação saharaui.
EFE
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