quinta-feira, 29 de novembro de 2012

«Aceitar o "status quo" do Sahara é um grave erro de cálculo» - adverte o Envidado Pessoal de Ban Ki-Moon



O Enviado Pessoal do Secretário-geral da ONU para o Sahara Ocidental, Christopher Ross, afirmou, ontem, quarta-feira, que o conflito em torno do estatuto do território se prolongou durante demasiado tempo e advertiu que qualquer aceitação do 'status quo' é "um grave erro de cálculo".

Ross salientou durante uma sessão à porta fechada no Conselho de Segurança das Nações Unidas que a situação no Sahara Ocidental é "muito preocupante" e alertou que ela tem de permanecer no radar da comunidade internacional.

"Embora alguns possam pensar que o 'status quo' é estável e que é arriscado tentar alcançar a paz, creio que esta visão enferma de um grave erro, especialmente agora que a região está ameaçada por elementos extremistas, terroristas e criminosos que operam no Sahel", explicou.

"Nestas novas circunstâncias, o conflito poderá, se se o deixar de lado, alimentar a frustração e gerar uma nova onda de violência e hostilidades que seria trágica para os cidadãos da região", acrescentou. "Este conflito deve ser solucionado, e creio que pode sê-lo se houver uma vontade real de iniciar um diálogo e aceitar uns compromissos", afirmou Ross.

Em conformidade com a resolução 2044 do Conselho de Segurança de abril passado, “informei o Conselho sobre os últimos acontecimentos na procura de uma solução justa, duradoura e mutuamente aceitável para o conflito do Sahara Ocidental que permita a autodeterminação do povo do Sahara Ocidental'', acrescentou.

Ross disse que em vez de convocar uma nova ronda de negociações, planeia “centrar-se primeiramente em novas consultas com os principais atores internacionais na questão saharaui antes de iniciar, como disse,  em novas rondas  diplomáticas aos países da região.

O Enviado Pessoal do SG da ONU fez estas declarações à imprensa após a apresentação do seu relatório ao Conselho de Segurança na sequência da sua viagem aos países da região e algumas capitais europeias no período compreendido entre 27 de outubro e 15 de novembro.

Fonte: agências

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