Conferência exortou François Hollande a traçar "uma trajetória política digna da França e da sua grandeza..." |
A conferência internacional de Argel de apoio ao povo
saharaui apelou domingo à França a "prestar justiça" ao povo saharaui,
através da sua intervenção no alargamento do mandato da Minurso em relação aos
Direitos do Homem.
Os participantes na 3.ª conferência internacional de Argel
sobre o tema "o direitos dos povos à resistência: o caso do povo saharaui",
em declaração final, exortam "especificamente" o Presidente François
Hollande a traçar "uma trajetória política digna da França e da sua grandeza
conforme à sua herança e ao combates históricos pela liberdade e os direitos do
homem".
Os participantes exigem
do governo espanhol uma posição política "clara, ativa e conforme às resoluções
do Conselho de Segurança da ONU" a favor do direito à autodeterminação para
o povo saharaui, tendo em consideração a responsabilidade histórica, moral e
política da Espanha na génese deste conflito".
Do mesmo modo, interpelam a União Europeia para que a
organização cesse qualquer tipo de acordo comercial com Marrocos, que explore "ilegalmente"
as riquezas do Sahara Ocidental, e adote uma posição "política de justiça"
a favor da autodeterminação do povo saharaui.
Os participantes denunciaram "as repetidas violações"
dos direitos do Homem por parte de Marrocos no Sahara Ocidental e apelaram à ONU,
UE, UA e às ONG a “garantir o respeito dos Direitos do Homem por todos os meios
possíveis e a libertação imediata de todos os presos saharauis".
A conferência solicitou à ONU a aplicação "imediata"
das suas próprias resoluções sobre o Sahara Ocidental através da organização de
um referendo de autodeterminação aceite pelas partes no Plano de Resolução de 1991.
O Sahara Ocidental é a última colónia em África que Marrocos
ocupa desde 1975.
Os trabalhos da 3.a conferência internacional de Argel teve
início no sábado com a participação de 562 pessoas representando 51 países
estrangeiros e 40 militantes dos territórios ocupados do Sahara Ocidental.
Portugal esteve representado pelo movimento sindical, organização de mulheres,
juristas e um representante da AAPSO.
(SPS)
Sem comentários:
Enviar um comentário