Fonte e foto: El
Diario / EFE - A Asociación Canaria de Amistad con el Pueblo
Saharaui e a Comunidade Saharaui residente em Tenerife asseguram que
[a conhecida ativista dos direitos humanos] é uma das feridas
durante as manifestações de protesto que desde terça~feira a
população saharaui tem levado a cabo em El Aaiún
Segundo aquelas
fontes, mais de uma centena de saharauis ficaram feridos durante os
protestos que desde a última terça-feira a população saharaui tem
organizado em El Aaiún para denunciar junto da delegação da
comissão europeia a expoliação dos los recursos naturais do Sahara
por parte do regime marroquino.
Entre as vítimas
desses confrontos está Sultana Jaya, que asseguram terá sido
encontrada na quinta-feira passada inconsciente e e com sinais de
tortura após a polícia marroquina ter dispersado as manifestações.
Sultana Jaya foi
levada para um hospital, onde um médico marroquino disse que seu
corpo "havia sido atingido com força no tórax, o que lhe
causou danos no fígado, costelas quebradas, alagamento nos pulmões
e hemorragia interna que afetou a superfície do coração".
A família
Sultana Jaya, acrescentam as fontes acima mencionadas, "em face
dos repetidos casos de negligência médica que custaram a vida de
outros ativistas saharauís quando internados em hospitais
marroquinos, levou-a para sua casa, onde está a ser tratada com
medicina tradicional Saharaui ".
A Associação
Canária de Amizade com o Povo Saharaui e a Comunidade Saharaui que
vive em Tenerife salienta que não é a primeira vez que a Sultana
Jaya é atacada pela polícia marroquina, denunciam a "brutalidade
do regime de ocupação ilegal marroquino" e criticam o silêncio
dos governos da Espanha e das Ilhas Canárias.
Nota da AAPSO:
Sultana
Jaya
Sultana é
conhecida por seu ativismo pelos direitos humanos, mas principalmente
notabilizou-se durante os protestos dos estudantes saharauis que
tiveram lugar em Marraquexe, em 2007, quando centenas de estudantes
saharauis protestaram contra o tratamento diário de que eram alvo
por parte de professores e polícias.
Foi então presa
pelas forças de segurança de Marrocos e levada para interrogatório,
onde foi exposta a diferentes métodos de tortura, durante os quais
perdeu um dos seus olhos. Como a sua história foi divulgada na
Internet, tornou-se de imediato um símbolo da resistência saharaui
contra a ocupação e as violações dos direitos humanos por parte
de Marrocos.
Vários poetas e
cantores saharauis têm escrito poemas e canções sobre a sua
experiência e testemunho. Esteve em Espanha onde foi sujeita a uma
delicada cirurgia ocular. Desde então, recebeu muitos prémios de
direitos humanos, continua a participar em diferentes conferências e
prossegue o seu ativismo contra a ocupação marroquina.
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