Quinta,
6 de Setembro de 2018 por porunsaharalibre - El Wafi Wakari,
estudante saharaui e preso político do grupo Companheiros de El
Wali, foi impedido de receber tratamento médico desde a sua detenção
em janeiro de 2018, embora tenha sido diagnosticado após a sua
detenção e os médicos marroquinos terem informado que ele
necessita de cirurgia urgente.
Depois
de inúmeras queixas da família às autoridades marroquinas e ao
CNDH (Conselho Nacional de Direitos Humanos), e aos mecanismos da ONU
para os direitos humanos e também várias intervenções feitas no
parlamento europeu por deputados sobre este caso, a situação médica
não melhorou e as autoridades marroquinas continuam a maltratar
Wakari, recusando-lhe tratamento médico.
A
advogada francesa que agora representa este prisioneiro político,
Marie ROCH enviou uma queixa detalhada às autoridades marroquinas,
enfatizando a violação da própria lei marroquina.
A
CNDH é a organização que é nomeada pelo governo marroquino para
monitorar as violações de direitos humanos e também para
investigar casos de tortura e maus tratos em Marrocos, de acordo com
o OPCAT (protocolo opcional do comitê contra a tortura) que foi
assinado por Marrocos. O CNDH, no entanto, não cumpre o seu papel.
Mais
uma vez, Marrocos não apenas viola a sua própria constituição e
lei, mas também desrespeita os acordos e convenções assinados com
a ONU.
Todos
os presos políticos do grupo de estudantes companheiros de El Wali
foram sistematicamente maltratados, submetidos a um julgamento
injusto sem provas apresentadas, sofreram torturas e vários deles
fizeram greves de fome que duraram mais de 40 dias. Os direitos
básicos dos prisioneiros não são respeitados.
Mais
detalhes sobre a situação destes presos políticos saharauis podem
ser consultadas nos vários artigos publicados pelo PUSL desde a sua
detenção em 2016. (relatório e artigos)
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