quinta-feira, 22 de abril de 2021

Zapatero pede aos saharauis realismo e não "sonhos ou utopias destrutivas" — uma posição que envergonha todos os socialistas europeus e o PSOE em particular


Zapatero... Ao Serviço de Sua Majestade...!


O expresidente do Governo espanhol José Luis Rodríguez Zapatero é, há muito, um fiel servidor dos interesses do rei Mohamed V, participando amiúde em tudo o que são acções de propaganda da ilegítima ocupação da antiga colónia espanhola do Sahara Ocidental. Nesse trilho ignóbil infelizmente não está só, segue as pisadas do seu antecessor Filipe Gonzalez.

Desta vez, no próprio dia em que o Conselho de Segurança discutia o tema em Nova Iorque, o pretenso socialista perorava na capital do Sahara Ocidental ocupado aos saharauis que apostem numa solução política "realista", pois "a política - advogava com ar paternalista — , se não é realista, é outra coisa, talvez um sonho ou uma utopia destrutiva".

Zapatero interveio como convidado por meios telemáticos no primeiro aniversário do denominado ‘Movimento Saharaui pela Paz’, que se realizou ontem em El Aaiún, capital do Sahara Ocidental, e serviu para comemorar a criação desta organização marioneta, que pretende ser uma "terceira via" entre Marrocos e o movimento de libertação nacional (a Frente POLISARIO), mas que não passa de um movimento fantoche tolerado e por Marrocos, a exemplo do que fez o poder espanhol na fase agonizante do regime de colonial de Franco ao criar o PUNS, um movimento sem qualquer espécie de representatividade que cedo se desboroou.

Segundo despacho da agência espanhola EFE, “Zapatero, que nos últimos anos tem mostrado uma aproximação às teses marroquinas sobre o Sahara, não fez nenhuma menção expressa a Marrocos ou à Polisario no seu discurso, mas as suas alusões foram claras numa altura em que os combates estão a ter lugar em solo saharaui, na sequência da declaração de guerra da Polisario em Novembro passado (altura em que Marrocos quebou o cessar-fogo invadindo a região desmilitarizada de Guerguerat, para abrir a sul uma via ao escoamento dos recursos que explora ilegalmente no território).

O ex-presidente espanhol, com um porte messiânico com que procura camuflar a sua postura de divulgador dos interesses do Makzhen, afirma-se “inequivocamente” a favor da paz: "A paz é acordo, é ceder, admitindo que nunca se está completamente certo (porque) é quase sempre verdade que o programa máximo não é a melhor alternativa", afirmou ... “em alusão à intransigência demonstrada tanto por Marrocos como pela Polisario nas suas respectivas posições” refere o despacho da EFE.

Depois disso, desde que abandonou o Governo de Espanha, em 2011, Zapatero é figura assídua em todos os fóruns ou conferências apologistas do expansionismo aluita no norte de África.

 

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