El Aaiún (Territórios Ocupados), 10 de novembro de 2021 (SPS) - As autoridades de ocupação marroquinas continuam a intensificar a sua ofensiva repressiva contra os ativistas saharauis nos territórios ocupados do Sahara Ocidental, à luz da incapacidade da comunidade internacional em cumprir as suas responsabilidades de pôr fim às agressões e crimes do ocupante marroquino, segundo fontes da Instância Saharaui Contra a Ocupação Marroquina (ISACOM).
Como parte da sua perigosa escalada de práticas repressivas, as autoridades de ocupação marroquinas levaram a cabo uma campanha de intimidação e assédio contra vários membros da ISACOM nos últimos dias.
Em comunicado emitido ontem, a Instância Saharaui Contra a Ocupação Marroquina condenou veementemente os ataques contra os seus membros, bem como outros ativistas nas zonas ocupadas, como a sua presidente, Aminetu Haidar, na companhia dos membros da ISACOM Mia Mustafa Dah (Dafa) e Galia Djimi, quando foram detidas durante mais de uma hora num posto de controlo na estrada sul que liga a cidade ocupada de El Ayoun à praia de Fum Al-Wad, no passado dia 6 de novembro, por ordem dos oficiais superiores das forças de ocupação marroquinas.
A declaração menciona também que o membro da ISACOM, Bachir Lejfauni, foi arbitrariamente detido por agentes das forças repressivas marroquinas durante mais de meia hora, tal como vários membros da instância, que foram sitiados por mais de vinte agentes dos vários aparelhos de segurança formais e informais, que os obrigaram a regressar à cidade ocupada de El Ayoun sob ameaças e promessas de represálias.
Em resposta a estes atos de repressão, a ISACOM expressa o seu "desapontamento pelo não cumprimento pela comunidade internacional das suas responsabilidades de pôr fim às agressões e crimes das autoridades de ocupação marroquinas contra os civis saharauis indefesos, supostamente protegidos pelo direito internacional".
A ISACOM apela às organizações internacionais de direitos humanos e às forças democráticas de todo o mundo a "agirem urgentemente para pôr fim aos abusos e violações contra os civis saharauis nos
territórios ocupados da República saharaui". (SPS)
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