terça-feira, 18 de outubro de 2022

The Washington Post, Comité de Proteção dos Jornalistas e Repórteres sem Fronteiras exigem a liberdade do jornalista marroquino Omar Radi


Periodistas en español - Por Jesús Cabaleiro Larrán -17/10/2022

O diário norte-americano «Washington Post» dedicou uma página inteira na sua edição de domingo 16 de Outubro de 2022 para exigir a libertação imediata do jornalista Omar Radi, que cumpre uma pena de seis anos de prisão em Marrocos.

A página tinha uma ampla manchete que dizia: "As autoridades marroquinas já não enganam ninguém com a sua charada judicial vingativa. Libertação imediata para Omar Radi".

No final da página estão as assinaturas do Serviço de Defesa da Liberdade de Imprensa do The Washington Post, do Comité de Proteção dos Jornalistas (CPJ) com sede em Nova Iorque e dos Repórteres sem Fronteiras (RSF) com sede em Paris. A página também trazia o hashtag 'Liberdade para Omar Radi'.

Recorde-se que Omar Radi está na prisão por causa do seu trabalho como jornalista de investigação. Radi foi alvo de repressão "devido às suas investigações sobre a riqueza da família real e dos seus associados próximos".

Radi foi condenado em Julho de 2021 a seis anos de prisão por acusações falsas, como denunciado pela Amnistia Internacional e pela Human Rights Watch (HRW).

"Os jornalistas independentes em Marrocos são frequentemente perseguidos", acrescenta o texto, que reflete que quando foi preso "estava a trabalhar numa investigação sobre a utilização de terrenos comunitários e tinha recebido ameaças pelo seu trabalho".

A iniciativa exige "a libertação imediata do Radi, continuaremos a lutar incansavelmente pela sua libertação da prisão e pela sua liberdade, que nunca deveria ter perdido", e conclui: "Os jornalistas não devem ser detidos pela sua busca da verdade".

Deve recordar-se que em Junho de 2020, um relatório da Amnistia Internacional revelou que as autoridades marroquinas espiaram a Omar Radi utilizando software espião criado pela empresa israelita NSA Group.

Radi foi transferido da prisão Ain Sba em Casablanca onde cumpria a sua pena para a prisão Tiflet-2, uma das prisões mais duras do sistema prisional marroquino, a 150 quilómetros de distância da sua casa.

Marrocos ocupa o 135º lugar entre 180 países do mundo no Índice de Liberdade de Imprensa, publicado anualmente pela ONG Repórteres sem Fronteiras.

 


Sem comentários:

Enviar um comentário