terça-feira, 6 de dezembro de 2022

A ativista saharaui Sultana Khaya recebe o Prémio Direitos Humanos de La Rioja 2021

 


 Europa Press – 06-12-2022 | A ativista saharaui Sultana Khaya recebe esta sexta-feira o Prémio La Rioja de Direitos Humanos 2021, na modalidade de trajetória pessoal outorgado pelo governo da região. Antes, pelas 11h00, terá lugar um comício em frente ao edifício contra a violação dos Direitos Humanos no Sahara Ocupado.

  Além disso, a Aula Magna da Universidade Popular de Logroño acolherá, pelas 19h30, uma palestra sobre a violação dos direitos humanos no Sahara Ocupado por Marrocos, para depois, pelas 21h00, partilhar um jantar de homenagem à ativista.

Sultana Khaya nasceu na cidade de Bojador, no Sahara Ocidental, colónia espanhola que foi ocupada por Marrocos em 1976 e que ainda hoje é considerada um Território Não Autónomo pelas Nações Unidas.

Desde a juventude, Sultana Khaya destacou-se pela sua militância ativa contra a ocupação e defesa dos direitos humanos. Em 2005, no quadro da intifada saharaui, Sultana foi vítima de desaparecimento forçado depois de detida pela polícia, interrogada e torturada, sendo posteriormente exilada. Um ano depois, começou a estudar francês numa universidade em Marraquexe.

O seu caso ficou conhecido em 2007, quando fazia parte do corpo discente saharaui que saiu à rua para se manifestar contra a repressão sofrida pelos seus colegas e familiares nos territórios ocupados. Então sofreu uma dura agressão da polícia na qual acabou perdendo um olho. Desde então, continua a ser vítima de numerosas detenções e agressões por parte das forças de segurança marroquinas.

Sultana Khaya é membro da ISACOM (Sahrawi Instance Against the Moroccan Occupation), criada em 21 de setembro de 2020, na cidade de El Aaiún, capital do Sahara Ocidental. É também fundadora e presidente da 'Liga Saharaui para a Defesa dos Direitos Humanos e Contra a Pilhagem dos Recursos Naturais', de onde tem vindo a denunciar a exploração dos recursos do Sahara Ocidental por parte de Marrocos, uma das chaves para compreender por que a questão do Sahara Ocidental permanece sem solução.

Recorde-se que a militante saharaui, que esteve quase um ano sequestrada em sua casa junto com a sua família por imposição das forças ocupação sem que alguma tenha sido julgada ou condenada judicialmente, visitou recentemente Portugal a convite do MDM por altura do seu congresso.

Sem comentários:

Enviar um comentário