Em vésperas de ser tornado público o relatório do SG da ONU sobre o Sahara Ocidental e o Conselho de Segurança deliberar sobre a renovação e atributos da MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental), em que a questão dos Direitos Humanos e a sua monitorização no território constitui o cerne do debate, o Tribunal de Primeira Instância de Casablanca decidiu, após um julgamento prorrogado por várias vezes, a colocação em liberdade provisória de três militantes saharauis detidos em Outubro de 2009 e acusados "de atentar contra a segurança interna" de Marrocos.
A atitude concertada das autoridades judiciais marroquinas demonstram também, até que ponto, o Poder Judicial em Marrocos é dependente e sujeito às ordens e vontades do Palácio Real.
Os três saharauis encontram-se ainda detidos, mas segundo fontes penitenciárias, a sua saída da prisão poderá ter lugar ainda hoje, quinta-feira, justamente no mesmo dia em que os activistas haviam decidido iniciar a sua 9.ª greve de fome na prisão para reclamar um julgamento justo, após ano e meio de prisão.
Ali Salem Tamek, Ibrahim Dahhane e Ahmed Naciri, formavam parte do Grupo dos Sete, juntamente com outros quatro companheiros, entre os quais uma mulher, Dakcha Lachguer, que foram detidos no aeroporto de Casablanca quando regressavam dos acampamentos de refugiados de Tindouf, no sul da Argélia, onde tinha ido visitar as suas famílias e compatriotas.
(da Imprensa)
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