No discurso que marca o 13.º aniversário da sua chegada ao poder Mohamed VI com um discurso dececionante e cheio de... promessas. |
A Frente Polisario qualificou esta 2.ª feira o discurso do Rei de Marrocos "dececionante" para as esperanças da comunidade internacional, pela "sua intransigência e falta de vontade política" em resolver o conflito do Sahara Ocidental.
Em comunicado divulgado no final da reunião da Comissão do
Secretariado Nacional presidida pelo Presidente Mohamed Abdelaziz, a Frente
Polisario condenou "a flagrante intransigência e ausência de vontade
política", assim como "a insistência em procurar impor uma situação
de facto, repudiada pelo povo saharaui e pela comunidade internacional no seu
conjunto".
A F. Polisario denuncia "a recusa de Marrocos em
cooperar com Christopher Ross, Enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações
Unidas para o Sahara Ocidental", qualificando-a "de obstrução ao
processo de negociação e que deixou claro a ilegalidade da ocupação
militar".
O comunicado reclama a libertação de todos os presos
políticos saharauis detidos nos cárceres marroquinos e o esclarecimento sobre o
destino de 651 desaparecidos saharauis, assim como o termo imediato da
espoliação dos recursos naturais do Sahara Ocidental e o derrube do muro da
vergonha que divide o povo saharaui em duas partes.
Comissão do Secretariado Nacional reiterou a vontade da
Frente Polisario em cooperar com os esforços da ONU para a descolonização do
Sahara Ocidental, sublinhando que a única solução para o conflito "passa
pelo respeito da vontade do povo saharaui à autodeterminação, liberdade e à
independência".
Relativamente à repatriação dos cooperantes espanhóis, a
Comissão do Secretariado Nacional considerou que "o ministro de Negócios
Estrangeiros de Espanha, José Manuel García Margallo, deve expressar a sua
solidariedade com o povo saharaui e pedir ao mundo que o ajude para enfrentar o
terrorismo e por fim ao sofrimento que vive desde há 37 anos".
"Espanha abandonou o território sem cumprir com as suas
obrigações internacionais e a que ainda está obrigada: organizar um referendo
de autodeterminação", acrescenta o comunicado.
Por último, a Comissão do Secretariado Nacional lamenta
"a decisão do governo espanhol de repatriar os cooperantes dos
acampamentos de refugiados saharauis". "É uma decisão precipitada e
com repercussões negativas na situação dos refugiados saharauis e na justa
causa do povo saharaui".
(SPS)
Sem comentários:
Enviar um comentário