Um representante saharaui do Comité de Familiares dos Presos
Políticos do grupo de Gdeim Izik visitou una passada quinta-feira, 16 de agosto,
a sede da embaixada dos EUA em Rabat, onde foi recebido pelo assessor político
da representação diplomática americana, David Greene, e duas funcionárias da mesma
secção, estando presentes também representantes da coordenadora saharaui do acampamento
"Gdeim Izik".
A iniciativa insere-se numa programada série de reuniões com
as principais missões diplomáticas ocidentais acreditadas na capital marroquina
para denunciar e dar conhecimento das constantes violações dos direitos humanos
cometidos pelo regime marroquino. A delegação fora já recebida na embaixada
sueca onde manteve uma reunião com a vice-embaixadora sueca, Margarita
Christiansen.
Na reunião com o diplomata norte-americano foi tratada a situação
dos presos políticos de Gdeim Izik, detidos na prisão marroquina de Salé 2, onde
se encontram presos desde novembro de 2010 sem julgamento, expostos a todo tipo
de humilhações e privações dos direitos elementares dos prisioneiros.
Na reunião, as famílias dos presos queixaram-se das distâncias
que são obrigadas a percorrer para visitar os seus filhos ou familiares, uma
vez que vivem nos territórios ocupados do Sahara Ocidental ou nas cidades do
sul de Marrocos, percursos extremamente fatigantes e cujos gastos de viagens são
substanciais e em circunstâncias, na maioria das quais, acabam por não lhes ser
permitido visitar os presos, como vem acontecendo ultimamente.
A delegação também informou o assessor político norte-americano
sobre a preocupante situação das violações dos direitos humanos nas zonas
ocupadas com a sistemática repressão das manifestações pacíficas que organizam
todos os grupos sociais saharauis que reclamam pelos seus direitos.
No final do encontro, o grupo entregou uma carta escrita ao conselheiro
político da embaixada dos EUA pedindo ao Estado americano que exerça pressão sobre
o seu aliado, a fim de que este respeite os direitos humanos nos territórios
ocupados do Sahara Ocidental e liberte todos os presos políticos saharauis.
O conselheiro político da embaixada reafirmou o seu interesse
pelo conflito saharaui, escrevendo e enviando relatórios ao Departamento de
Estado sobre tudo o que ali sucede e pedindo informação às autoridades marroquinas
sobre o dossiê dos presos políticos saharauis e a situação dos direitos humanos
no Sahara Ocidental.
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