domingo, 5 de agosto de 2012

general marroquino Housne Benslimane foge à detenção em Londres



O general marroquino Housne Benslimane abandona precipitadamente Londres ante o temor de vir a ser detido para ser apresentado ante o juiz francês que investiga o assassinato de Ben Barka

A agência francesa AFP revelou que o general marroquino criminoso de guerra, Hosni Benslimane, atual comandante da Gendarmeria Real, saiu a toda a pressa de Londres depois de inteirar-se da petição do juiz de instrução francês, Patrick Ramelle, em que solicitava às autoridades britânicas a detenção daquele militar para sua comparecência ante o tribunal com o objetivo de ser interrogado pela sua implicação no assassinato de Mehdi Ben Barka.

A Agência confirmou que Ramelle advertiu as autoridades britânicas da presença do general Hosni Benslimane em Londres como chefe da delegação olímpica marroquina e para a necessidade de o deterem para ser interrogado sobre o caso do desaparecimento do opositor marroquino Ben Barka.

O intento de deter o general Hosne Benslimane em Londres revelou, segundo a agência AFP, que a nova lei militar aprovada pelo Parlamento marroquino através da qual o regime procura proteger os seus criminosos não irá a funcionar face à lei internacional nos casos de flagrantes violações.

O juiz Patrick Ramell emitiu em 2007 uma ordem internacional de detenção contra Housne Benslimane, ordem que foi paralisada em 2009 pelas próprias autoridades francesas. O juiz pretende ouvir o general sobre o seu papel no sequestro e assassinato de Ben Barka, cujos indícios s de implicação no caso são muitos e concludentes, quando era então capitão do Exército e terá contribuído, de uma forma ou doutra, no processo de sequestro do opositor de esquerda Ben Barka através de apoio logístico.

Benslimane está implicado em numerosos crimes de guerra no Sahara Ocidental juntamente com vários oficiais influentes atualmente nas fileiras do exército marroquino, ou noutras funções de segurança ao serviço da monarquia que ocupa o Sahara Ocidental desde a sua invasão em 1975. França continua a solicitar o arresto do diretor olímpico marroquino. Ben Barka foi um importante crítico do regime do rei Hassan II e lutou ativamente pelos direitos dos países em vias de desenvolvimento. As circunstâncias do desaparecimento de Ben Barka em Paris de nunca foram esclarecidas.

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