sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Ministro dos Negócios Estrangeiros garante apoio de Espanha ao enviado da ONU para o Sahara



Nações  Unidas, 28 setembro (EFE) - O ministro dos Negócios Estrangeiros espanhol, José Manuel García-Margallo, garantiu hoje que o Enviado Pessoal do SG  da ONU para o Sahara Ocidental, o norte-americano Christopher Ross, conta com o apoio "político e material" da Espanha para conseguir uma solução sobre o futuro do território.

Margallo e Ross reuniram-se ontem, quinta-feira, durante os debates da Assembleia Geral das Nações Unidas, segundo explicou hoje o ministro à imprensa, que sublinhou que o Enviado Pessoal de Ban Ki-Moon, cuja substituição havia sido pedida por Marrocos há uns meses, reiniciou as suas atividades "depois de uma fase de uma certa suspensão".

"Garantimos-lhe o apoio da Espanha na procura de uma solução estável, pacífica para o Sahara Ocidental, que tenha em conta o princípio da livre determinação do povo saharaui no marco dos princípios e resoluções das Nações Unidas", explicou o chefe da diplomacia espanhola sobre o encontro.

Margallo sublinhou que a questão saharaui é "um assunto especialmente sensível para Espanha", pelo que destacou o interesse de Madrid em que Ross tenha êxito na sua missão para desbloquear e fazer avançar as negociações entre Rabat e a Frente Polisario.
"Contará com o apoio de Espanha tanto político como material no que seja possível e ficámos de manter contactos mais frequentes", afirmou o ministro, que pouco antes se havia reunido com o seu homólogo marroquino, Saad-Eddine El Othmani, para apresentar uma iniciativa conjunta para a mediação no Mediterrâneo.

Marrocos havia retirado em maio passado a sua confiança a Ross por sua suposta parcialidade contra as teses de Rabat no conflito saharaui e porque "não tinha conseguido nenhum avanço significativo", mas no passado mês de agosto o secretário-geral, Ban Ki-moon, conseguiu um acordo com Rabat para que o seu enviado permanecesse no cargo.
Uma das queixas principais de Marrocos em relação a Ross era a sua insistência na defesa da independência da Missão da ONU para o Referendo no Sahara Ocidental (Minurso) e o seu suposto intento para que essa missão tenha um mandato sobre temas relativos aos direitos humanos.

Agência EFE 

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