O presidente da organização solidária Coordenadora Estatal
de Associações de Solidariedade com o Sahara, CEAS-SAHARA, José Taboada afirmou
que “não é admissível utilizar a defesa dos interesses espanhóis como desculpa para
adotar um silêncio cúmplice ante as graves violações dos DDHH no Sahara Ocidental”
– afirmação surge em comunicado publicado pela CEAS Sahara na sua página web.
“Não podemos aceitar que as relações com Marrocos se usem
como pretexto para encobrir e silenciar uma situação de injustiça, de ocupação pela
força, que desafiam e esmagam os mais elementares direitos humanos e as normas
básicas do direito internacional”, afirma a Coordenadora no seu comunicado.
Nesse sentido, o comunicado salienta que o executivo espanhol
dá prioridade às suas “relações bilaterais com Marrocos” em detrimento do apoio
da procura de uma solução justa para o conflito do Sahara Ocidental e isso
ficou patente nesta semana em que se irá realizar a cimeira Hispano-Marroquina.
Relativamente aos cortes na ajuda humanitária e à repatriação
de cooperantes, o presidente da Coordenadora refere que isso "afeta
perigosamente a população de refugiados Saharauis." A CEAS-Sahara fará
todo o esforço para combater essas manobras, que evidentemente dão uma enorme
satisfação às autoridades marroquinas.
Taboada afirmou que Espanha continua a ser a potência
administrante do território e que por isso deve assumir “a tarefa de tutelar e
liderar o processo de descolonização, questão de responsabilidade jurídica e
política, por quer anseia a população saharaui”.
O Presidente José Taboada lamentou que Marrocos não cumpra
as várias resoluções da comunidade internacional, acrescentando que a situação
de conflito e a descolonização definitiva do Sahara Ocidental são de interesse do
povo saharaui, da comunidade internacional "e do próprio Marrocos e do
resto do Magrebe Árabe, que pode beneficiar de maior estabilidade política e
liberdade de comércio entre as nações que o integram. "
SPS
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