Um grupo de onze saharauis ocuparam terça-feira de manhã a
sede da Missão da ONU no Sahara Ocidental (MINURSO) na cidade de Smara (norte do
território) em protesto "pela repressão exercida pela polícia marroquina, o
desemprego e a espoliação dos nossos recursos naturais", disse à EFE um dos
ocupantes.
Tanji Al Mojtar, estudante de 21 anos, precisou que o protesto
"não é político, mas sim caráter exclusivamente social", e assegurou
que a sede da MINURSO se encontra agora rodeada por veículos da polícia marroquina,
das Forças Auxiliares e do Exército.
O porta-voz da Minurso em El Aaiún, Enrico Magnani,
contactado pelo telefone, não quiz pronunciar-se sobre o sucedido:
"Estamos recolhendo informação", disse e acrescentou que "não é a
primeira vez que sucede algo parecido", sem dar mais detalhes.
Cidade de Smara |
Também os órgãos de Comunicação marroquinos não fizeram alusão
aos acontecimentos até ao momento.
Segundo Al Mojtar, a ocupação da sede da MINURSO, situada nas
cercanias de smara, produziu-se às 04.00 da madrugada hora local (GMT), e às 07.00
chegou a polícia marroquina, que deteve as quatro mulheres que faziam parte do
grupo e arrastou-as para fora da sede.
O responsável da Minurso na sede de Smara, que parlamentou com
a polícia e segundo parece chegou a um acordo com ela, disse aos saharauis que não
é trabalho da missão ocupar-se desta espécie de problemas sociais, mas sim preparar
o referendo de autodeterminação, em ponto morto desde há 20 anos.
EFE
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