Mohamed Abdelaziz, Presidente da República Árabe Saharaui
Democrática e SG da Frente Polisario, acusa Marrocos de financiar grupos
criminosos na região, e afirma que a Polisario tem forte indicadores sobre o envolvimento
do governo marroquino no financiamento, contrabando e condução de atividades
criminosas na região, com base no tráfico de drogas e grupos terroristas no
Mali.
O Presidente saharaui, Mohamed Abdelaziz, fez estas declarações numa entrevista transmitida na Echorouk TV [Argélia] sobre a
questão da causa Saharaui. O convidado do programa "Direção Certa", apresentado
por Suleiman Bakhlili, refere que nada impede de recorrer às Nações Unidas, afirmando:
"Acreditamos que os esforços devem culminar com a normal presença da
República Árabe Saharaui Democrática no seio das Nações Unidas. O nosso novo
passo para a aceitação de nossa participação na Assembleia Geral das Nações
Unidas é um movimento calculado, especialmente porque é claro que, para além de
o governo marroquino não responder à vontade internacional, Marrocos tece manobras
para que a presença da República Democrática Árabe saharaui não seja
reconhecida na sociedade árabe das Nações Unidas. "
Sobre a crise que prevalece na região do Sahel, não hesita
em acusar Marrocos de causar uma situação "infecciosa" e prolongar a ocupação
do Sahara Ocidental"; posição de Marrocos que, segundo o entrevistado, se
baseia na exportação das suas crises internas para o exterior, e torna a
produção de drogas formal e institucional, de forma extensiva, em larga escala
e generalizada; que, por fabricação e exportação, e com a contribuição do Estado
através das suas diversas instituições — incluindo o exército, a polícia e a
guarda nacional — no incentivo desta fabricação e exportação, transforma a
economia marroquina numa economia de guerra, baseada na recolha de fundos que provêm
da venda de drogas."
De acordo com M. Abdelaziz, Marrocos está também implicado
na "produção" de terrorismo, afirmando: "O comércio de drogas financia
gangues do crime organizado, incluindo o terrorismo, e extremistas com base na
política ou na religião; e, portanto, o governo marroquino é uma verdadeira
fonte de financiamento dos gangues do crime organizado na região. Temos alguns fortes
indicadores de que há envolvimento do governo marroquino no financiamento e no contrabando
e na orientação de movimentos terroristas no Mali ".
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