quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Human Rights Watch (HRW): em Marrocos a violência policial e os processos injustos desmentem a promessa de reformas da nova Constituição



“Durante o ano 2012, enquanto os ministros falavam de reformas, os tribunais encarceravam dissidentes tendo por base leis repressivas que limitam a liberdade de expressão e conduzem a processos injustos”, afirma a HRW no seu “Relatório Anual 2013″.

O relatório da organização refere que, durante 2012, “a polícia fez um uso excessivo da força contra os manifestantes e violou o direito do imigrante, enquanto continuou a reprimir os partidários da autodeterminação do Sahara Ocidental”.

A HRW qualifica de “matizes políticos” o caso dos 24 saharauis que irão comparecer amanhã, sexta-feira, dia 1 de fevereiro, perante o Tribunal Militar de Rabat pelos distúrbios do acampamento de Gdaim Izik, nas redondezas de El Aaiún (capital do Sahara Ocidental), em novembro de 2010.

A HRW denuncia também que as autoridades restringem “severamente” o direito daqueles que defendem a autodeterminação do Sahara Ocidental, impedem que os ativistas independentistas saharauis se possam manifestar e não reconhecem legalmente as suas associações.

A organização denuncia ainda que durante todo o 2012 constatou-se um aumento de denúncias sobre abusos policiais contra os imigrantes subsaharianos em Marrocos.
Entre estes abusos, destaca “as investidas policiais em que, arbitrariamente, são confiscados e destruídas bens e enviados pela força imigrantes em autocarros até à fronteira da Argélia, muitos dos quais são abandonados, violando todos os processos legais”.

Fonte: EFE

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