O juiz da Audiência Nacional (o Supremo Tribunal de
Espanha), Pablo Ruz, citou a declarar
como testemunha na próxima segunda-feira a ativista pro-direitos humanos
saharaui Aminatu Haidar, no âmbito das diligências abertas em 2007 pelo seu
antecessor, Baltasar Garzón, por delitos de genocídio e torturas no Sahara Ocidental.
A ativista comparecerá às 11.00 horas no processo contra altas
personalidades de Marrocos aberto por Garzón e que agora Ruz reativou com a citação
de catorze testemunhas, entre elas Haidar.
General Hosni Benslimane: Comandante da Gendarmeria Real Marroquina desde 1974 |
Os principais altos cargos marroquinos que Baltasar Garzón
acordou investigar são Hosni Benslimane, que ordenou e alegadamente dirigiu a
campanha de detenções e posteriores desaparecimentos na cidade de Smara em 1976,
e Abdelhafid Ben Hachem, presumível responsável dos sequestros realizados em 1987
em El Aaiún e supervisor dos interrogatórios sob tortura.
Entre os investigados está também Said Ouassou, suposto
responsável direto de todas as detenções de cidadãos saharauis em El Aaiún
entre 1976 e 1978; Abdelhak Lemdaour, alegado responsável e dirigente de uma grande campanha
de detenções; Moustafa Hamdaoui, chefe do quartel da gendarmeria de Tan Tan em
1981 e Dris Sbai, que alegamente dirigia as operações de sequestros e torturas.
Abdelhafid Ben Hachem : nomeado
em 2008, pelo rei Mohamed VI, Delegado-Geral da Administração Penitenciária e de Reinserção (DGAP) |
EFE
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