domingo, 13 de janeiro de 2013

Pescadores saharauis protestam em Dakhla contra a discriminação

O barco russo Almirante Starikov 
faina nas águas do Sahara Ocidental ocupado
Na manhã de sábado, pescadores saharauis reuniram-se diante da Delegação da Pesca na cidade de Dakhla, para protestar contra as práticas de emprego discriminatórias e a gestão destrutiva dos recursos marinhos.

Através de um comunicado de imprensa, as associações de pescadores Nawras, Qindil e a Associação de marinheiros que trabalham a bordo de embarcações pesqueiras afirmam que se uniram ao protesto mais de 50 pescadores.

As associações e pescadores manifestantes denunciam práticas discriminatórias da empresa responsável pela contratação dos pescadores. Estes culpam a empresa de recrutamento da exclusão dos saharauis, os habitantes nativos do território, dando preferência aos pescadores de Marrocos

Os manifestantes repudiaram ainda as práticas destrutivas de pesca por parte da frota russa. Pesqueiros russos regressaram a águas do Sahara Ocidental em finais de dezembro, logo imediatamente após a conclusão de um novo acordo russo-marroquino de pesca.

Pescadores saharauis manifestam-se em Dakhla

Os pescadores saharauis invocam que os russos têm pouco respeito pela fauna marinha da região. Afirmam que os navios russos ainda utilizam métodos de pesca proibidos internacionalmente, tais como as redes derivantes. Espécies ameaçadas e mamíferos marinhos, como golfinhos e baleias, ficam muitas vezes presos e morrem nessas redes. De acordo com os pescadores, os russos podem prosseguir nessas atitudes ilegais em grande parte por causa da ausência de observadores, a cujo controle oficial devem submeter os seus navios em conformidade com as normas e regulamentos estabelecidos no acordo.

Embora o acordo permita o acesso a águas marroquinas de 10 navios da Rússia, o WSRW observou, até ao momento, que oito deles pescam nas águas do Sahara Ocidental ocupado. O acordo anterior estipulava que os russos tinham acesso à Zona Económica Exclusiva de Marrocos, que não inclui águas do Sahara Ocidental. Mas então, tal como agora, a frota russa foi particularmente ativa nas águas saharauis ocupadas.

Fonte: WSRW 

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