O presidente da República
Árabe Saharaui Democrática (RASD) e SG da Frente Polisario, Mohamed Abdelaziz,
afirmou que aproveitou o seu encontro na segunda-feira com o Secretário-Geral da
ONU, Ban Ki-moon, para o convidar a que visite o Sahara Ocidental.
“Uma visita da sua parte ao
território saharaui seria visto como uma mensagem e poderia contribuir para
reduzir as tensões”, afirmou Abdelaziz na sede da ONU.
O Secretário-Geral da Frente
Polisario disse que Ban “tomou nota” do convite e “entendeu” a necessidade de
visitar a região, mas o dirigente saharaui referiu que não houve uma resposta do
máximo responsável das Nações Unidas.
Abdelaziz revelou que nesse encontro
o SG da ONU lhe transmitiu uma série de mensagens importantes: o apoio
incondicional ao seu representante pessoal, Christopher Ross; e a sua preocupação
pela situação dos direitos humanos.
Abdelaziz acusou Marrocos de
bloquear a possibilidade da missão da ONU no Sahara Ocidental (Minurso) poder supervisionar
a situação dos direitos humanos no território e nos acampamentos de refugiados.
“Assim como levamos vinte anos
esperando o referendo e ao mesmo tempo que bloqueia Ross, agora não permite à ONU
supervisionar os DDHH”, acrescentou o presidente saharaui, que acusou Rabat de continuar
a “roubar” os recursos naturais, especialmente pesca e fosfatos.
O SG da Frente Polisario
indicou que o problema do Sahara é um “caso claro” de descolonização e considerou
que o único obstáculo para uma solução do conflito é a ausência de vontade
política por parte de Rabat.
Abdelaziz rejeitou o plano de
autodeterminação proposto por Marrocos porque é “imposto” e reiterou que para
que se realize o referendo se ultrapassaram “a maioria” dos obstáculos salvo a oposição
de Rabat.
“Deram um passo atrás, mas
nós não vemos nenhuma opção que esteja fora da solução democrática, que é dar voz
ao povo saharaui para que possa decidir sobre o seu próprio destino”, acrescentou
o presidente da RASD.
Além de se encontrar com Ban e
o presidente do Conselho de Segurança, o presidente saharaui aproveitou a sua
viagem aos EUA para se reunir com congressistas de ambos os partidos, funcionários
do Departamento de Estado e membros da sociedade civil em Washington.
Fonte: EFE
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