O ministro dos Negócios
Estrangeiros da Dinamarca, Villy Sovndal, expressou o seu apoio ao referendo da
ONU no Sahara Ocidental, manifestando a sua esperança de que as Nações Unidas possa
ter êxito na organização do referido referendo, informa a Representação da Polisario
na Dinamarca.
Num programa sobre o Sahara O
difundido sexta-feira na radio dinamarquesa, o ministro afirmou que "é
vital que a ONU desempenhe um papel de liderança para assegurar a organização
de um referendo. Obviamente espero que a ONU tenha êxito na organização do dito
referendo”.
No programa radiofónico
também participou o eurodeputado Søren Søndergaard que afirmou que as políticas
da União Europeia sobre o Sahara Ocidental "significam que, por um lado, a
UE não reconhece a soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, mas por
outro lado, a UE mantém acordos comerciais com Marrocos que incluem as águas do
Sahara Ocidental e isso é um erro e uma violação do direito internacional”.
Por seu lado, Peter Kenworthy,
director da ONG Afrika Kontakt e autor
do livro “African Awakening: The emerging revolutions“, sublinhou que o caso do
Sahara Ocidental "é na realidade bastante sensível", e acrescentou que
a única coisa que pede a Frente POLISARIO na realidade é "um referendo sobre
o futuro do Sahara Ocidental".
Especificamente em relação
com a resolução do conflito saharaui Peter Kenworthy acrescentou que a Dinamarca
e a UE poderiam seguir o exemplo do Parlamento sueco e reconhecer o Sahara Ocidental,
que é membro da União Africana e já reconhecida por mais de 80 países.
O responsável da Afrika
Kontakt destacou que uma solução para o conflito do Sahara Ocidental "se
está a converter numa questão de urgência, se a Europa quer evitar outro conflito
mesmo ao sul das suas fronteiras. A UE faria bem em tratar de resolver este conflito
antes que ele se converta numa guerra real.
SPS
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