Paris (05 -06-2013) - A organização
Repórteres sem Fronteiras condenou ontem, terça-feira, a política de
"obstaculização à liberdade de informação, imposta pelas autoridades
marroquinas no Sahara Ocidental" ante a negativa de Marrocos de permitir a
entrada de um jornalista estrangeiro que pretendia realizar uma reportagem sobre
a situação política e de direitos humanos no território.
O Governo marroquino impediu no
passado dia 21 de maio a entrada a José María Santana, jornalista da Cadena SER
em Las Palmas e colaborador do diário El País nas Canárias, que havia viajado até
ao aeroporto de El Aaiún, capital ocupada do Sahara Ocidental, para cobrir o 40º
aniversário da fundação da Frente POLISARIO, segundo informou Repórteres sem
Fronteiras (RsF), que se solidarizou com o jornalista.
A organização refere que a
expulsão de José María Santana é "um sintoma da crispação de Rabat sobre a
questão saharaui", assim como "das dificuldades de acesso ao Sahara Ocidental
que enfrentam os jornalistas" e a política de "obstaculização à liberdade
de informação, imposta pelas autoridades marroquinas no território".
RsF sublinha que as
autoridades de ocupação marroquinas impedem o acesso ao território saharaui de
testemunhas como observadores internacionais, membros de organizações de defesa
dos direitos humanos e jornalistas.
RSF pede a Marrocos o acesso
de jornalistas e estrangeiros ao território sem nenhum tipo de obstáculos que possa
dificultar o seu trabalho.
Repórteres sem Fronteiras
recorda que a 6 de março de 2013 foram expulsos do território saharaui quatro
eurodeputados e cinco assistentes parlamentares que deviam efetuar uma missão de
observação para o Parlamento Europeu sobre a situação dos direitos humanos no Sahara
Ocidental.
(SPS)
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