quarta-feira, 5 de março de 2014

O processo do Sahara termina no dia em que os saharaui tiverem escolhido o seu futuro (Espanha, 1976)



Espanha sempre quis justificar, minimizando os danos, aquela que foi a maior traição em África de um país colonizador. E foi longa a história colonial… Um artigo publicado pelo ABC há 38 anos relembra isso mesmo.

No mesmo dia de hoje, mas no ano de 1976, o jornal espanhol ABC afirmava que «a proclamação da RASD pela Frente Polisario a 27 de fevereiro 1976 tinha soado como a detonação de uma bomba no seio da ONU. "A reação de Kurt Waldheim foi a de dizer "esperem para ver".

A iniciativa saharaui equivalia à aplicação do direito à autodeterminação reconhecido pela Carta da ONU.

Segundo o mesmo jornal, "em Nova Iorque, a imprensa acusava a ONU de não ter tomado medidas apropriadas no momento oportuno». Hoje, 38 anos depois, nada mudou. Há um movimento sobre a questão, mas os resultados não são ainda dignos de menção.

A edição do ABC assinala que "a reação oficial de Madrid é conhecida. Os porta-vozes do governo tentaram explicar à opinião pública espanhole a justeza das suas negociações, que a Espanha sempre submeteu a sua conduta às diretivas das Nações Unidas e que o tratado tripartido de Madrid mais não fez que estabelecer:

1 ) Uma administração provisória

2 ) Uma data de saída do território por parte da Espanha

3 ) Que o processo do Sahara será considerado concluído no dia em que a população do Sahara tiver escolhido o seu futuro sob a supervisão das Nações Unidas » .


Fonte Diaspora Saharaui

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