Os políticos marroquinos fazem
lembrar os dirigentes e adeptos ferrenhos de alguns clubes de futebol em Portugal.
Por cá, sempre que os resultados são desanimadores… toca de passar a culpa para
as arbitragens; em Marrocos, sempre que a contestação social aquece (veja-se os
acontecimentos recentes na região do Rif…) desenterra-se o velho sonho imperial
do Grande Marrocos como manobra de diversão.
Abdelatif Wahbi, dirigente do PAM, o partido dos "Amigos do Rei" |
Abdelatif Wahbi dirigente marroquino do
Partido Autenticidade e Modernidade, conhecido como o partido dos “Amigos do
Rei”, reivindica os territórios da Mauritânia e parte da Argélia.
Fonte: Diario La Realidad Saharaui,
DLRS –
10 de junho de 2017 – Marrocos de novo, e uma vez mais, deste feita por
palavras de Abdelatif Wahbi, membro do Partido Autenticidade e Modernidade,
formação política da órbita do palácio real marroquino reivindicou de novo que as
fronteiras do Reino marroquino se estendem até ao Rio Senegal. O político e advogado
marroquino volta a proferir as graves declarações que provocaram no ano passado
a crise com a República da Mauritânia e todavia persiste entre os dois países.
Abdelatif Wahbi do PAM, próximo do palácio,
falou nestes termos: “As fronteiras de Marrocos estendem-se até ao rio Senegal a
sul e também ao Sahara Oriental” numa referência à Mauritânia e aos territórios
ocidentais da Argélia (Bechar e Tindouf). As declarações foram recolhidas pelo portal
saharaui de informação ‘Equipe Media’. O
político marroquino fez estas graves declarações durante a sua intervenção como
advogado que defende a atuação de Makhzen
na sessão do julgamento dos presos políticos saharauis de Gdeim Izik na passada
quinta feira, 8 de junho na capital marroquina, Rabat. Julgamento que foi, uma
vez mais adiado.
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