Saragoça,
19 de maio de 2018 (SPS/EFE).- Mais de sessenta representantes
políticos de catorze parlamentos regionais e do Congresso dos
Deputados exigiram hoje em Saragoça a cessação da ocupação do
Sahara Ocidental por parte de Marrocos e a realização do referendo
de autodeterminação bloqueado desde 1992.
As
Cortes de Aragão acolheram neste fim de semana a XXII Conferência
dos Intergrupos Parlamentares “Paz e Liberdade para o Povo
Saharaui”, um fórum de debate sobre a luta do povo saharaui, em
que também participaram associações da sociedade civil.
As
diferentes delegações, que chegaram ontem à capital aragonesa,
iniciaram hoje a jornada de trabalho no Palácio da Aljafería que
terminará com a chamada Declaração de Saragoça, edm que se fará
um novo apelo à comunidade internacional.
Este
encontro contou com a presença de um representante do Conselho
Nacional Saharaui, Edih-Mohamed Sidna Deich, que agradeceu o apoio
das instituições espanholas, pois ela constitui uma "injeção
moral" e um "passo em direção à conquista da liberdade".
"Pedimos
que prossigam com esse apoio e o estendam ao governo central, para
que a Espanha desempenhe um papel mais ativo na busca de uma
solução", disse ele.
Quarenta
e cinco anos depois da proclamação da Frente Polisario, o povo
saharaui está mais determinado do que nunca a continuar resistindo e
a intensificar uma luta que "sempre será pacífica, desde que
não nos forcem ao contrário", afirmou.
Por
seu turno, a delegada da República Árabe Saharaui Democrática
(RASD) em Espanha, Jira Bulahi, valorizou a "dimensão"
desta reunião com a ajuda de representantes políticos que "têm
consciência da responsabilidade histórica, legal e moral" que
recai sobre o Estado espanhol por uma descolonização inacabada ".
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