Mohamed Ould Salek, MNE saharaui |
A agressão marroquina que persiste desde 1975 contra o povo saharaui causou "instabilidade global e duradoura" em toda a região, disse esta terça-feira o ministro das Relações Exteriores saharaui, Mohamed Salem Ould Salek.
Em declaração à imprensa, Ould Salek afirmou que “o Reino de Marrocos que ultrapassou os limites, através da sua agressão contra o povo saharaui que persiste desde 1975, criou uma instabilidade global e duradoura em toda a região”.
Uma instabilidade acentuada, prosseguiu Ould Salek, pelo fluxo de drogas introduzido pelo Reino de Marrocos, também envolvido no terrorismo de Estado contra o povo saharaui e em “desavergonhada coordenação com grupos terroristas da região do Sahel” - afirmou.
Reagindo às declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos, veiculadas por alguns meios de comunicação e nas quais este afirmava que o seu país "respeitou o cessar-fogo e o processo político", o chefe da diplomacia saharaui indicou que "estas declarações confirmam que o reino marroquino continua a percorrer o caminho da desinformação e das inverdades ”.
Acrescentando: “Marrocos que tinha aceitado, perante o mundo, o referendo da autodeterminação, declarando dezenas de vezes, que respeitaria o seu resultado, chegando o seu falecido Rei a afirmar que o seu país seria o primeiro a abrir uma embaixada no Sahara Ocidental se o referendo levasse à escolha da independência, agora renuncia a todos os seus compromissos assinados sob a égide da ONU e da UA ”.
No momento em que o ocupante marroquino afirma estar apegado ao processo político, “países de todo o mundo, bem como organizações internacionais e regionais testemunham os vários episódios da fuga marroquina aos compromissos assinados com a parte saharaui no âmbito do plano de resolução de 1991 e a sua estratégia de obstrução e teimosia durante três décadas”, disse o ministro saharaui.
Fonte: APS
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