Em reunião realizada ontem, o Conselho de Ministros do governo da Mauritânia, presidido pelo Presidente da República, Mohamed Ould Ghazouani, decidiu adotar uma série de medidas em resposta aos atuais problemas que preocupam o país. Na mesma reunião, foi aprovada a criação de um organismo público de carácter industrial e comercial com o objectivo de tornar a pesca um sector central da economia do Norte de África.
A mais mediática das medidas tomadas pelo pleno de ministros tem a ver com a sensível zona militar que pretendem estabelecer no norte do país devido à escalada após o início da guerra no Sahara Ocidental. Neste contexto, o governo mauritano aprovou uma lei que declara que a parte norte do país, que faz fronteira com os territórios do Sahara Ocidental é considerada zona "sensível" e militarizada, proibindo também a livre circulação de pessoas e veículos. Quanto ao acesso, só poderá circular através de licença concedida e controlada pelo executivo mauritano.
De notar que a Mauritânia compartilha com o Sahara Ocidental cerca de 2.700 quilómetros de fronteira, ou seja; praticamente toda a extensão do muro militar construído por Marrocos.
Chefe de Estado-Maior do Exército mauritano visita Argel
Certamente também relacionada com esta medida teve a ver a visita do Chefe de Estado-Maior do exército mauritano, o general de divisão Mohamed Bamaba uld Magat, a Argel esta semana onde se encontrou com o seu homólogo argelino.
No final da reunião entre ambos, o tenente-general Said Chengriha, chefe do Estado-Maior do Exército Nacional da Argelia, afirmou (esta quarta-feira) que fortalecer a cooperação militar entre a Argélia e a Mauritânia é mais que necessário para enfrentar os desafios de segurança impostos na região, informa agência argelina APS.
O alto chege militar argelino afirmou que a visita constituia “uma oportunidade para elevar o nível de cooperação entre os exércitos da Argélia e da Mauritãnia em áreas de interesse comum, especialmente à luz da situação de segurança que prevalece na região”.
Fonte: ECS
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