PUSL.- O preso político saharaui Mohamed Lamin Haddi do grupo Gdeim Izik, atualmente detido em Tiflet2 iniciou uma greve de fome ontem, dia 12 de Janeiro 2021, exigindo os direitos básicos de qualquer preso, nomeadamente atenção médica e fim do confinamento prolongado no qual se encontra há mais de 3 anos.
Haddi, que desde a sua detenção em 2010 se encontra em prisões marroquinas a mais de 1000km da sua terra Natal, o Sahara Ocidental, foi condenado a 25 anos de prisão em dois julgamentos que não respeitaram as regras básicas de procedimentos e que não provaram em qualquer momento que houve um crime cometido por Mohamed Lamin Haddi. Foram dois julgamentos puramente políticos e sem qualquer independência judiciária do poder politico marroquino.
A 14 de dezembro 2020, num breve telefonema com a sua família, Mohamed Lamin Haddi informou que todos os seus pertences foram confiscados da sua cela na prisão de Tiflet2, em Marrocos. A sua cela foi invadida por volta das 9h, o diretor da prisão, que estava presente, num ato de represália arbitrária, ordenou que todos os livros, rádio, roupas e outros pertences particulares de Haddi fossem confiscados.
Os guardas não respeitaram o distanciamento social nem usavam máscaras ou luvas ou outro equipamento de proteção relacionado com as medidas de prevenção contra a Covid.
Haddi, sofre de úlceras graves e é vítima de negligência médica intencional, tortura, maus tratos físicos e psicológicos e assédio desde a sua detenção em 2010.
No comunicado enviado pela Familia de Mohamed Lamin Haddi a família expressa a sua profunda preocupação com a situação do filho sobretudo relacionadas com o isolamento, as condições de saúde de que sofre e da incapacidade da família realizar qualquer visita interditas durante a pandemia para verificar as suas condições de detenção.
A família recorda que Mohamed Lamin Haddi já entrou várias vezes em greve de fome em protesto contra as medidas tomadas contra ele e o tratamento cruel a que é sujeito.
O apelo é dirigido às Nações Unidas, ao Comité Internacional da Cruz Vermelha e todas as organizações internacionais que se preocupam com os direitos humanos e pede que intervenham urgentemente de forma a proteger Haddi de quaisquer medidas de retaliação a que possa estar exposto no interior da prisão local, Tiflet 2, pede ainda para que se exerça todas as pressões necessárias sobre o Estado marroquino e através da Administração Geral das prisões marroquinas, a fim de proporcionar cuidados de saúde adequados e assegurar a transferência de Mohamed Lamine Haddi , para uma prisão do Sahara Ocidental próxima do seu local de residência, El Aaiun e de responsabilizar todos os funcionários envolvidos nos cruéis maus tratos que lhe são infligidos.
Fonte: PUSL
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