terça-feira, 1 de junho de 2021

EUA negam que as manobras ‘Africa Lion’ com Marrocos venham a ter lugar no Sahara Ocidental

A imprensa marroquina deu grande destaque às declarações do primeiro-ministro quando este, há dias, garantia que as manobras teriam lugar no "Sahara". Curiosa é a recente notícia do Le Desk que, para salvar a face da mentira que ajudou a propalar, vem agora dizer que os exercícios terão lugar "nas bordas" do Sahara Ocidental!!!  


O regime de Marrocos anda de cabeça perdida. Que usava a mentira  
como pilar da sua política externa já não era novidade para ninguém e para, quem ainda tivesse dúvidas, bastaria ler as centenas de documentos secretos que o “hacker” Chris Coleman (afinal os serviços secretos franceses...) divulgou durante anos nas redes sociais.

Mas que a mentira fosse proferida até à exaustão, até pelo primeiro-ministro marroquino, e propalada de imediato pela generalidade da media marroquina, para, logo depois, passados um ou dois dias, ser desmentida pelas autoridades norte-americanas.. é inaudito.

O chefe do Governo marroquino, Saad-Eddine El Othmani, que se regozijava na sua página do Twitter pela reafirmação do “reconhecimento” norte-americano da alegada soberania de Marrocos sobre o Sahara Ocidental, perdeu a «juba» e agora o seu tweet bateu asas e nela podemos ler: “Este Tweet está indisponível”.


Agências | ECS - 01-06-2021 - Os exercícios militares conhecidos como Africa Lion 2021, nos quais Marrocos, EUA e sete outros países participarão, não se realizam no Sahara Ocidental. Isto foi afirmado ao El Periódico de Catalunya pelo Comando Militar dos EUA para África (Africom), tentando esclarecer as especulações que apareceram esta semana em alguns meios de comunicação social e que o próprio presidente do governo marroquino, Saadedin Otmani, afirmou esta semana que parte dos exercícios seriam realizados na antiga colónia espanhola, um gesto que significaria "o culminar do reconhecimento americano da marroquinidade do Sahara".

Esta informação foi categoricamente negada pela Africom. "O que foi publicado nos media não está correcto", disse o chefe de imprensa do Comando Africano, Bardha Azari.

Recorde-se que a Espanha negou-se a participar nestas manobras militares na sequência da crise diplomática que mantem com Marrocos e que foi severamente agravada com a «invasão» de Ceuta de milhares de migrantes ilegais manipulados pelas autoridades do regime de Mohamed VI.


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