quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Polisario pergunta ao novo enviado da ONU para o Sahara Ocidental como tenciona avançar no cumprimento da sua missão de organizar o referendo



 

Sidi Maatala - ECS | Num comunicado oficial emitido ontem, a Frente Polisario anunciava ter tomado nota da nomeação de Staffan De Mistura como novo enviado SG da ONU para o Sahara Ocidental, sublinhando que não pode haver processo de paz enquanto Marrocos continuar a aplicar a sua política de facto consumado colonial no Sahara Ocidental, o que implicam uma política repressiva e expansionista que ameaça a paz, a estabilidade e a segurança regionais.

A mesma declaração afirmava que não há outra solução senão deixar o povo saharaui pronunciar-se através do exercício livre e democrático do seu direito à autodeterminação e independência em conformidade com as resoluções das Nações Unidas e da União Africana, tornando claro que o direito à autodeterminação e independência dos saharauis é uma linha vermelha nas futuras negociações.

A Frente Polisario salientou na declaração o seu compromisso pacífico ao longo dos últimos trinta anos, num sinal de que não permitirá quaisquer concessões depois de mais de três décadas de espera penosa e concessões dolorosas. A chegada do novo enviado após mais de dois anos de vacatura do cargo abre o caminho para negociações entre a Frente Polisario e Marrocos, embora este último se recuse a negociar com base no direito internacional e apenas conceba conversações no quadro da autonomia. A Frente Polisario reiterou, portanto, que não pode haver processo de paz enquanto Marrocos continuar com impunidade as suas ações ilegais e a imposição de um facto consumado colonial que dura há quatro décadas.

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