domingo, 17 de julho de 2022

O embaixador da Argélia na ONU desmente as alegações e falácias do representante de Marrocos sobre o Sahara Ocidental


O embaixador da Argélia na ONU Nadir Larbaoui

ECS. Agencias. | 17-07-2022 - O Representante Permanente da Argélia junto da ONU, o embaixador Nadir Larbaoui, refutou as alegações infundadas e falácias do representante marroquino em Nova Iorque, e recordou as verdades históricas e os fundamentos do conflito do Sahara Ocidental.

Nasua resposta de nove pontos, o embaixador argelino refutou as alegações falsas e enganosas do representante marroquino.

Na sua carta, publicada pelas Nações Unidas como um documento oficial do Conselho de Segurança, o embaixador desmonta, sem rodeios e sem apelo, os argumentos do representante marroquino.

"A carta do representante marroquino está totalmente fora de contexto, é obviamente enganadora, como é sempre o caso quando encurralado pelos factos inegáveis e verdades históricas irrefutáveis sobre a situação no território ocupado do Sahara Ocidental", afirma o representante da República da Argélia.

Os nove pontos levantados pelo embaixador argelino na sua resposta dizem respeito à recordatória do estatuto do Sahara Ocidental, do estatuto de Marrocos como potência ocupante deste território não autónomo, da divisão de Marrocos e subsequente anexação do território saharaui, da identificação das duas partes em conflito e do mandato da MINURSO (Missão das Nações Unidas para o Referendo no Sahara Ocidental).

Também aborda a oposição de Marrocos ao acompanhamento da situação dos direitos humanos no Sahara Ocidental pela MINURSO e outros mecanismos da ONU, a obstrução de Marrocos a uma solução pacífica do conflito, a responsabilidade do Reino pela ruptura do cessar-fogo e a escalada do conflito, e a natureza injusta, colonial e irrealista da chamada "proposta de autonomia".

Neste sentido, o diplomata argelino afirma que o "plano de autonomia" apresentado pela potência ocupante no Sahara Ocidental constitui um precedente perigoso que ameaça a própria base da legalidade internacional e a Carta das Nações Unidas.

Dar credibilidade ao poder ocupante e ao seu "plano de autonomia" significaria legitimar a ocupação e anexação de um território e o domínio do seu povo pela força", explica, acrescentando que admitir tal plano equivaleria a "dar lugar a um plano retrógrado que vai contra a bem estabelecida e conhecida doutrina de descolonização da ONU".

"Não estão conscientes de que o povo saharaui demonstrou, durante quase 50 anos, a sua capacidade de luta e resistência, derrotando todas as tentativas de impor um facto consumado", disse o representante argelino, referindo-se ao representante marroquino.

 

O representante permanente da Argélia junto da ONU, sublinhou que qualquer solução deve passar pela livre expressão do direito à autodeterminação do povo saharaui.

 

Marrocos, com o apoio e aprovação da França, continua a agir impunemente e a prosseguir as suas práticas coloniais e as suas tentativas de impor uma política de facto consumado pela força no Sahara Ocidental ocupado.

Tem imposto muitos obstáculos ao processo de paz. Continua a obstruir a legalidade internacional e a frustrar os esforços da UA e da ONU ao longo dos anos para encontrar uma solução que permita ao povo saharaui exercer o seu direito à independência e pôr fim a um conflito de longa data que não beneficia a região.

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